DEPARTAMENTO DE EFICIÊNCIA GOVERNAMENTAL (DOGE)

 

21-02-2025


Nos Estados Unidos da América, ontem, completou-se um mês que Donald Trump tomou posse, em seu segundo mandato. Ele foi eleito pelo voto da maioria dos Congressistas e pela maioria da população. Um grande feito, visto que nem sempre coincidem as duas coisas. Tem feito grande alvoroço, reacendendo o seu lema de America First, do seu primeiro mandato, de 2017 a 2020. Isto é, em primeiro lugar restabelecer a valorização do dólar americano e voltar a “enriquecer” o povo americano, nas suas palavras, reduzindo impostos e melhorando o nível de renda da população. Sua postura, como protecionista da economia dos Estados Unidos, está vindo ameaçar grande parte dos países, com elevação de tributos, buscando a chamada, por ele, de “reciprocidade” nas taxações, quando na verdade ameaça taxar as importações americanas, advindas de todos os continentes, em tarifa única de 25% (referiu-se também a 100% para produtos da China e se os BRICS   criassem uma moeda única). O último a ser ameaçado foi o Mercado Comum Europeu também com 25%. Os primeiros foram o Canadá e o México e, outros países, inclusive o Brasil.

Em seu governo se cercou do apoio de vários bilionários, inclusive de grandes acionistas da bolsa de valores Nasdaq, onde são negociadas empresas de altas tecnologias, as mais ricas do globo terrestre.

Ao homem mais rico do mundo, Elon Musk, colocou para dirigir o criado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). Musk, em um mês, já apresentou economias ao presidente Trump, que declarou ontem que pretende devolver ao povo americano cerca de 20% dos bilhões de dólares economizados.

Ademais, em discurso em uma reunião com financistas globais e executivos de tecnologia avançada, organizada pelo fundo soberano da Arábia Saudita, em Miami, Florida, declarou o presidente Trump que também está considerando usar outros 20% das economias citadas para pagar a dívida do governo federal.

A propósito, a dívida pública dos Estados Unidos tem apresentado variações ao longo dos anos. Em 2023, a dívida governamental fora de 122% sobre o PIB. Em 2024, o número se elevou para 124% do PIB. A crise financeira de 2008/2009 obrigou o governo americano a socorrer suas multinacionais injetando dinheiro, endividando-se ainda mais e também houve aumento da dívida perante a pandemia do covid-19, em 2020. Historicamente, a relação dívida pública sobre o PIB nos Estados Unidos teve uma média de cerca de 67%, entre 1940 e 2023. Atingindo um recorde de 126% em 2020 e, um mínimo de 32%, em 1981. A dívida americana é feita em dólares e na verdade não é dívida externa, e sim, dívida interna, o que não vulnerabiliza aquele país, que emite moeda para pagar dívida, como vulnerabiliza quem tem elevada dívida externa, que não emite dólares. O movimento de Trump é em direção à valorização da moeda americana e na redução da dívida pública.

Um paralelo com a economia brasileira pode ser feito, por exemplo, quando Juracy Magalhães, Ministro das Relações Exteriores, declarou nos anos de 1960: “o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”. Hoje aqui se faz o contrário, tem-se um governo gastador, gerando déficits primários, já, em dois anos, no terceiro mandato de Lula, quando em seus dois primeiros mandatos foram gerados superávits primários, bem como, atualmente. elevando a dívida pública. Em decorrência, a inflação está se elevando e piorando o custo de vida.

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