PROVÁVEL RECESSÃO NOS ESTADOS UNIDOS

 

13-03-2025


A teoria econômica, no que tange ao comércio internacional, ensina que o livre comércio pode ser benéfico para todos ou para quase todos os países do mundo. Seria o processo do “ganha-ganha”. Já, o protecionismo, que é exercido pelos países fortes, no curso da história, beneficia exatamente muito mais os países fortes do que aqueles fracos.

Uma provável recessão nos Estados Unidos da América (EUA) foi admitida pelo presidente Donald Trump, que nem tem três meses de mandato, mas instaurou uma guerra fiscal com muitos e dos maiores países. Da troca de farpas entre os dirigentes deles, já tem havido retração nas possibilidades dos projetos de investimentos, queda nos preços das ações em negociações em bolsa, além de expectativa das tensões continuarem por longo tempo.

É o próprio Donald Trump que declarou: “Eu odeio prever coisa assim. Há um período de transição, porque o que estamos fazendo é muito grande. Estamos trazendo riqueza de volta à América. Isso é uma grande coisa. E sempre há períodos de – leva um pouco de tempo. Leva um pouco de tempo, mas acho que deve ser ótimo para nós.” Declarou dia 9, domingo, à Fox News.

Como maior país do mundo, uma recessão lá, mesmo que no curto e médio prazo, tem implicações na maioria dos países do globo, impactando fortemente no Brasil, que tem nos Estados Unidos o seu segundo maior parceiro comercial, porque poderá comprar daqui menos produtos, enquanto para os Estados Unidos os negócios com o Brasil são bem pequenos, o que seria fácil de trocar de parceiros mais facilmente.

Muito embora o governo federal venha dizendo que a grande safra agrícola esperada fará o Brasil crescer 2,50%, o mercado financeiro se refere a 2,01%. No entanto, provavelmente, o PIB poderá crescer bem menos com reduções das exportações brasileiras.  Por seu turno, poderá também serem reduzidos os investimentos externos e as aplicações financeiras, visto que o dólar forte atrai capitais financeiros para dentro dos Estados Unidos.

Nos Estados Unidos (EUA) entrou ontem em vigor a tarifa de 25% sobre o aço e o alumínio do Brasil e de outros países. O Brasil está entre os três maiores fornecedores de aços aos EUA. As tarifas vão atingir R$855 bilhões em produtos americanos de porcas e escavadeiras, neste ano. Mais retaliações poderão vir por aí no comércio internacional. Ademais, a repercussão nos mercados globais das commodities referidas também afetarão os negócios brasileiros.

Investidores norte-americanos faziam muita fé na economia de lá, visto que a eleição de Donald Trump, um dos maiores capitalistas do globo, ele, mesmo, já admitindo a recessão. Um resultado preocupante até agora é visto que, “as sete magníficas” empresas americanas, descritas aqui ontem, de elevadíssima performance, já perderam desde dezembro, cerca de 20% do valor de mercado. O fato é que a recessão é um assunto cogitado na realidade da economia americana atual e mundial.

Tecnicamente, o que Trump está promovendo na economia norte-americana, com repercussões mundiais, é o conhecido método de REENGENHARIA. Vale dizer, dentre outras medidas, reduzir o tamanho do governo, para torná-lo eficaz. Segundo Elon Musk, Secretário do Departamento de Eficiência Governamental (Doge), já teria feito economia de cerca de US$400 bilhões, principalmente enxugando a máquina (demissões). Expulsar imigrantes e cobrar caro (US$5 milhões) por um visto permanente. Aumentar tributos das importações, para gerar mais receitas e tornar mais competitivas as empresas americanas (aí, prejudica principalmente as grandes, como as referidas “sete” e eleva a inflação). Assim, o sentido de agora seria recessivo. Porém, depois de certo tempo, estimularia o crescimento econômico, mediante redução de tributos, para estimular investimentos domésticos e “daria” um cheque de US$5 mil, parra cada norte-americano, pela economia feita pelo Doge, para estimular o consumo agregado.

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

HOJE DEFINIÇÃO DA TAXA BÁSICA DE JUROS

PROJETO DE TARIFAS ALFANDEGÁRIAS RECÍPROCAS

TIRO SAIU PELA CULATRA