BOLSAS CAIRAM PELO MUNDO PELO 3º DIA ÚTIL

 

08-04-2025


Os mercados de bolsa de valores continuam em polvorosa pelo terceiro dia útil seguidos. O CEO da Black Rock, Larry Fink, a qual é a maior gestora de recursos do mundo, declarou que os mercados de ações recuaram cerca de 20%, desde que Donald Trump anunciou um pacote de tarifas, no dia 02, passado. O ônus tarifaço é cumulativo. Isto é, imposto sobre imposto. Por exemplo, para a China, a maior vendedora para os Estados Unidos, os tributos adicionais foram de 34%. A China respondeu na mesma forma taxando também em mais 34% as importações advindas dos Estados Unidos. Trump anunciou que poderá taxar em mais 50% as importações da China, caso esta mantenha os 34% referidos. Trump está surpreendendo com a agressividade deste seu segundo mandato. Citado CEO já está considerando a recessão na porta da América.

Após o mau humor dos mercados, na semana passada, devido as tarifas em referência, os mercados financeiros sinalizam ainda que os próximos dias serão turbulentos. As bolsas asiáticas desabaram ontem, com Hong Kong sofrendo a maior queda em um único pregão desde 1997, em meio aos temores da guerra comercial em curso, além do receio de que se desencadeie em uma recessão global. A União Europeia segue em pânico.

Ontem, o presidente Donald Trump declarou que não pretende pausar com as tarifas. Trump resiste à pressão de cerca de 50 países sobre tarifas comerciais. Mas, disse que irá conversar com a China, o Japão e outros países sobre o tarifaço. A China chamou os EUA de chantagista e de que irá lutar até o fim. Sem dúvida, os efeitos imediatos são de perspectiva de redução do PIB, pela retração que deverá ocorrer no comércio internacional e a elevação do processo inflacionário.

O Banco Goldman Sachs alertou aos mercados que o tarifaço de Trump é bem maior do que o espertado e ele está colocando a economia americana em direção à recessão. Por seu turno, o Banco JP Morgan acredita que já há 60% de expectativas de que a recessão americana ocorra ainda neste ano.

O boletim Focus desta semana, divulgado ontem, mantém projeções para o IPCA e PIB, em meio aos temores com respeito às taifas do comércio internacional anunciadas. IPCA mantido no final do ano, em 5,65%. Para 2026, a estimativa da inflação oficial é de 4,50%. Já para o PIB a previsão de crescimento neste ano é de 1,97%. Para 2026, é esperada uma taxa de 1,60% de incremento para o PIB. Pela 13ª semana seguida, a taxa básica de juros do final do ano ficou inalterada em 15%. Para 2026, a SELIC esperada é de 12,50%. A estimativa do preço do dólar comercial é de R$5,90 no final do ano. Ontem, o dólar comercial disparou e fechou em R$5,91. Para 2026, a estimativa do citado boletim é de dólar comercial a R$5,99.

 

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