XADREZ 4 D

 

13-04-2025


Desde 02 de janeiro que Donald Trump exerce o protagonismo entre as lideranças mundiais. Marcou ele para o dia 02 de abril e não 1º de abril, para evitar que se pensasse que seria brincadeira, a fim de lançar a sua política econômica, de cunho nitidamente fiscal, envolvendo o cenário mundial, aplicando a técnica Xadrez 4-D.

O Xadrez 4 D é uma metáfora para descrever estratégias de negociação ou geopolítica que envolvem múltiplas dimensões de poder e influência, seja de forma estratégica ou diplomática. A expressão ganhou destaque nas ideias do cientista político Joseph Nye, que introduziu os conceitos de poder duro e de poder suave, no tempo e no espaço das relações internacionais, nos contextos de ações e alianças.

 A abordagem em referência é multidimensional, exigindo que os negociadores e estrategistas considerem uma gama mais ampla de fatores ao tomar decisões, reconhecendo que ações em uma dimensão podem ter repercussões significativa nas outras. A técnica tem servido como uma estrutura útil para compreender e navegar em ambientes complexos, onde múltiplas formas de poder e influência entram em jogo.

No dia 02 citado, ele mostrou nas redes de televisão uma tabela em que apresentava tarifas adicionais, que seriam impostas no comércio internacional, sendo a menor de 10%, bem como tarifas adicionais de 17% para Israel; 20%, União Europeia; 26%, Índia; 34%, China; 46%, Vietnã. Protestos, críticas e abertas as negociações. Dias depois, Trump suspendeu por 90 dias e unificou a tarifa adicional de 10% para todos os parceiros comerciais, à exceção da China, para a qual foi elevando as tarifas, na medida em que a China acompanhava as taxas, até chegar aos 145% de adicionais. Foi feita a ancoragem e houve muitos países que ficaram satisfeitos com os 10%. Claro, menos a China. Os propósitos foram muitos, sendo os principais, de reduzir o seu enorme déficit comercial, de atrair capitais para os Estados Unidos, de reduzir a dívida pública, de reindustrialização, de valorizar o dólar e os ativos americanos.

O mundo então pergunta se ele é gênio ou louco. Se assim fosse, não seria rico, que voltou a participar do grupo de grandes bilionários mundiais.

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