REUNIÃO DA PRÓXIMA SEMANA

 04-05-2025


Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central se reunirá para decidir sobre a taxa básica de juros, a SELIC. Pesquisa da Reuters junto ao mercado financeiro apresentou a mediana de 0,50% de elevação da SELIC, que poderá ir para 14,75%. A inflação resiste para convergir para o teto da meta de 4,50% (centro da meta de 3,00% mais o viés de alta de 1,50%), conforme a política monetária colimada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A taxa inflacionária está em 5,49% para 12 meses, até março, conforme o IBGE. O mercado financeiro estima que a inflação encerre o ano em 5,65%. Ele continua, há várias semanas, apresentando a mediana da SELIC de 15,00%, no final de 2025. Ao que parece a SELIC poderá cair em 2026, visto que o seu efeito de altas, desde setembro parece que surtirá efeitos em médio prazo. Isto em muito irá contribuir o recuo de preços de matérias primas, em especial, o barril de petróleo, perante aumento da sua oferta, já pelo segundo mês seguido.

Dessa maneira, o grupo de países produtores e exportadores de petróleo, chamado de Opep + (OPEP Plus) é uma aliança de 13 membros de produtores, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irã, Iraque, Kuwait, Venezuela, Angola, Argélia, Congo, Quiné Equatorial, Gabão, Líbia e Nigéria, mais 10 países produtores aliados, Rússia, Cazaquistão, Azerbaijão, México, Omã, Bahrein, Sudão, Sudão do Sul, Malásia e Brunei, fizeram um acordo para acelerar os aumentos de produção de petróleo, que em junho crescerá mais 411 mil barris por dia. Por enquanto, os preços do barril caíram abaixo de US$60.00 o barril do tipo Brent, uma baixa maior em quatro anos. Desde dezembro que os países em referência estão reduzindo, paulatinamente, os cortes anteriores de 2,2 milhões de barris por dia, na faixa de redução de 138 mil barris diários, ao mês. O Brasil é candidato a ingressar no grupo da OPEP +.

Há alguns analistas do mercado financeiro que acreditam que a economia ainda está aquecida. Muitos acham que está desaquecendo. Os dados do mercado de trabalho de março confirmam que o desemprego voltou a elevar-se, de 6,2% no último trimestre de 024, para 7,0% no primeiro trimestre de 2025. Na medida em que a taxa SELIC vem se elevando desde setembro de 2024, há uma tendência de que a taxa de desocupação aumente no segundo semestre de 2025.

 

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