IMPÉRIO DO AGRONEGÓCIO DE LARANJAS E MAÇAS

 

27-06-2025


A página de hoje se compõe de dois retratos do agronegócio. Estrutura e conjuntura.

A família do imigrante alemão Carl Fisher, com seu filho Carlos Guilherme Eduardo Fisher, hoje grupo C. Fisher, chegou, o primeiro, adulto, ao Brasil, em 1928, fundando empresa produtora de laranja. Em São Paulo, no interior paulista, crescendo nos municípios do interior, com sede em Matão, mas também distribuída em Catanduvas e Araras. A família Fisher tem em Maria do Rosário Fischer, a viúva de Carlos Guilherme, presidindo o conselho de acionistas, junto às quatro filhas. O comando executivo é profissionalizado. 

Em 1963, criou a Citrosuco, que se tornou a maior produtora de suco de laranja do mundo. Distribuída em 28 fazendas, com 25 milhões de pés de laranja, com cinco terminais marítimos, um em Santos e quatro no exterior, responsável por 20% do mercado mundial e 40% de toda a produção brasileira. A planta de processamento de suco de laranja é a maior do planeta. Mantém cerca de 5.500 funcionários fixos e contrata 12.000 empregados temporários durante a safra de laranja. São milhares de famílias beneficiadas direta e indiretamente. A Citrosuco é controlada pela Citrovita, joint venture com o grupo Votorantim. O grupo C. Fisher tem 50% dela.

O grupo C. Fisher se estendeu até Santa Catarina, para a produção de maças. Atua lá sem sócio externo, por meio da Fischer S/A Agroindústria. Trata-se de um império produtor de 100 mil toneladas por ano de maças, exportando para 25 países. São 20 fazendas, 2.200 hectares de maçãs plantadas e uma estrutura tecnológica de ponta. A empresa catarinense se tonou referência mundial na produção de frutas frescas e sucos, movimentando milhares de empregos e conquistando o mercado mundial.

A maçã é uma das frutas mais queridas do globo, só perdendo para a banana em consumo brasileiro de frutas. Um verdadeiro império do agronegócio, nasceu em Fraiburgo (SC), em 1985. A trajetória do grupo C. Fisher é marcada pelo crescimento acelerado, investimentos estratégicos em tecnologia e focos em qualidade e segurança, à semelhança do que faz a Citrosuco no Estado de São Paulo. A Fisher administra 20 fazendas, sendo responsável por 10% de toda a produção nacional de maças, além de 20% da safra catarinense. O padrão produtivo também se estende a outros produtos e sucos, tais como o kiwi, eucalipto, soja e milho. 

A produção de maçãs do grupo Fisher ocupa 13.500 hectares, dos quais 2.200 são exclusivos para macieiras, equivalente a 19.000 campos de futebol. A produção é de 100.000 toneladas de maçãs por ano. Ademais, 3.400 hectares de floresta estão com eucalipto e pinus, 6.400 hectares são destinados à preservação ambiental, com áreas nativas protegidas e com reflorestamento. Planta milho e soja em 100 hectares. Cultiva 1.000 toneladas de kiwi por ano, investindo também em pesquisa agrícola. Em suma, a busca tem sido incessante por produtividade, sustentabilidade e inovação tecnológica.

A Citrosuco e a Fisher S/A Agroindústria são de capital fechado. Vale dizer, não tem ações negociadas na bolsa de valores brasileira.

A título de ilustração, na ordem do primeiro ao oitavo no agronegócio estão: JBS, Marfrig, Cargill, Bunge, Ambev, Cosan, Raízen e Copersucar. Todas gigantes e consideradas multinacionais. Cada um deles cabe pelo menos uma página de menções.

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