MAIS TENSÕES NO ORIENTE MÉDIO
23-06-2025
Mais uma vez os Estados Unidos da América (EUA) se envolvem
em conflito no Oriente Médio, ao lado de Israel e contra o Irã. Os EUA
bombardearam ontem as instalações nucleares do Irã, deslocando tropas e parecendo
que se vem já envolvidos em novas ações. O Irã respondeu que revidará e ameaçou
logo fechar o Estreito de Ormuz, por onde passam grande número de navios carregados
de petróleo exportado pelos árabes. Os árabes do Iemen declararam que se envolverão
também na guerra. Cresce no mundo o receio por uma terceira guerra mundial,
conforme declarações, por exemplo, de Celso Amorim, assessor do governo brasileiro
para assuntos internacionais e que já foi ministro em governos anteriores do
presidente Lula. A Rússia é aliada do Irã e não se pronunciou ainda. A China
também. As tensões estão ficando mais fortes.
A reação de analistas mundiais, acerca do preço do barril do
petróleo, hoje na casa de US$75.00 é de que este dispare e vá a US#100.00 o
barril. Dessa forma, a irradiação nos preços internacionais dos bens e
serviços, em geral, que se utilizam, direta e indiretamente, dos derivados de
petróleo poderão turbinar a inflação mundial. No Brasil, no qual a Petrobras é
a maior exportadora e importadora brasileira, notadamente de barris de
petróleo, poderá haver grande repercussão nos níveis de preços. A inflação
poderá também não convergir para: primeiro, o teto da meta inflacionária de 4,50%;
segundo, e muito menos para o centro da meta de 3,00%. A inflação de 12 meses,
até maio é de 5,20%. O Banco Central já afirmou que este ano dificilmente
poderá ser alterada a taxa básica de juros, a SELIC, que poderá fechar 15,00%,
no final de 2025. Porém, se o efeito previsto de elevação radical dos preços do
barril de petróleo ocorrer é até provável que o ciclo de alta da SELIC não se
esgote neste exercício.
Face ao exposto, na existência de hiato inflacionário
crescente entre demanda agregada e oferta agregada, o crescimento econômico
deste segundo semestre ficará comprometido e o PIB poderá ter um “voo de
galinha”. O mercado financeiro continua prefixando um PIB baixo, crescendo por
volta de 2,00% neste e nos próximos anos.
Comentários
Postar um comentário