PARA EFICIÊNCIA DOS MERCADOS

 

19-06-2025


A ciência econômica é aquela que mostra o uso dos recursos em fins alternativos. Em outras palavras, a economia é usar bem o recurso ou o dinheiro. E só tem um uso. A teoria econômica apregoa que a eficiência dos mercados ocorre com menor presença do governo, que se trata de uma máquina geralmente pesada e custosa.

 O Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, respondendo interinamente pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tirou uma semana de férias, declarou que a equipe econômica está ultimando medidas para cortes de 10% dos subsídios dados às regiões incentivadas, à exclusão da Zona Franca de Manaus e de deduções do Imposto de Renda, visando arrecadar R$20 bilhões por ano.

Se as renúncias fiscais forem R$800 bilhões, como o Ministério da Fazenda declarou, anteriormente, seriam R$80 bilhões de arrecadação. Se forem R$850 bilhões de incentivos como o presidente Lula declarou seriam R$85 bilhões. Agora, o referido secretário se refere ao que o total dos benefícios fiscais seriam de R$540 bilhões por ano, sendo as receitas previstas de R$54 bilhões. Nas três hipóteses de renúncias citadas, a conta não fecha em nenhuma delas. Por fim, o citado secretário se refere a que o corte poderia ser seletivo. Outra confusão para decidir sobre isto. Porém, um problema real é de que a equipe econômica não sabe nem quanto são os referidos incentivos, o que já se tornou rotina informar o montante cada vez mais diferente dos anteriormente divulgados. Muita gente mexendo no paiol e “todo mundo” sem saber.

O secretário em referência declarou que o corte de parte dos incentivos será uma medida para a eficiência dos mercados. Ora, em teoria, o corte de incentivos fiscais de R$20 bilhões, em renúncia fiscal, mais uma elevação de, por hipótese, R$20 bilhões em tributos, em um ano, seria uma busca de eficiência de curto prazo e uma busca de ineficiência de curto prazo, com tributos, o provável resultado econômico seria o que? Eficiência? O fato é que o governo está produzindo um déficit primário e está ineficiente.

O Sr. Dario também se referiu à medida provisória de elevação de imposto de renda sobre as aplicações financeiras, o que poderia, segundo ele, gerar uma receita adicional de R$10 bilhões. Mais as outras ações como o projeto de comercialização de petróleo, aludido pelo Ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, cuja receita estimada seria de mais R$15 bilhões, o governo tenta reverter o bloqueio de despesas de R$20 bilhões, mas, dizendo o citado ministro, de que R$10 bilhões de cortes seriam irreversíveis. Na equipe econômica a confusão é grande. Eles querem mesmo é aumentar tributos.

A política fiscal continua sendo um debate, sem consenso, entre o Executivo e o Legislativo. O primeiro quer elevar a carga fiscal o segundo, pressionando por liberação de emendas parlamentares. Ambos, no caminho da ineficiência econômica.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

HOJE DEFINIÇÃO DA TAXA BÁSICA DE JUROS

PROJETO DE TARIFAS ALFANDEGÁRIAS RECÍPROCAS

TIRO SAIU PELA CULATRA