QUESTÃO ÓBVIA
25-06-2025
A questão obvia é aquela pela
qual o Banco Central mantém a taxa básica de juros em 15,00%, ou seja, próximo
de três vezes maior do que a taxa básica do Federal Reserve, deve-se a necessidade de captar dinheiro no
mercado financeiro, pra manter os gastos públicos crescentes e rolar a dívida pública,
visto que existe o déficit primário do orçamento desde 2014, à exceção de 2022.
Quer dizer, é muito aperto nas finanças públicas.
Recorde-se que, no passado, de 1986 até 1998, na chamada Nova
República, o governo federal operava geralmente com déficit primário, obtendo
elevada inflação, alta dívida pública, principalmente externa (hoje não chega a
10% da dívida bruta), além de ter se submetido ao aperto dos gastos econômicos “recomendados”
pelo Fundo Monetário Internacional. Porém, de 1999 a 2013 o governo federal
operou com superávit primário, o que lhe rendeu boas taxas de crescimento
econômico.
De 2014 até agora, não se aprendeu a lição. A presidente,
então, Dilma Rousseff, foi afastada do poder, mas os seus sucessores não
conseguiram colocar a economia brasileira em crescimento virtuoso. A presidenta
fez “pedaladas fiscais”. Fez despesas ilegais. Dilma, após certo tempo, tentou
se eleger para o Senado, por Minas Gerais, mas, não conseguiu. No governo atual,
retornou à política, na presidência do Banco dos BRICS, ganhando salário de
cerca de R$300 mil reais, conforme divulgado na imprensa. Aliás, quantos
afastados por corrupção e desvios assemelhados, retornaram ao poder, tal como
Carlos Luppi, novamente afastado por má gestão?
A questão óbvia, portanto, é a má administração do gasto público.
De novo, portanto, a taxa SELIC deverá se manter alta, acima de dois dígitos,
sendo esperado, por consulta semanal do Banco Central ao mercado financeiro,
que encerre este ano nos atuais 15,00% e, em 2026, em cerca de 12,50%.
Ontem, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, veio culpar a
gestão de Bolsonaro, a quem aqui não se está defendendo, visto que a posição desta
coluna é técnica, nem se culpa a administração de Lula, que, nos dois governos
anteriores dele houve todos anos superávit primário e a economia cresceu em
torno de 4% ao ano, em média dos oito anos. Em suma, gasta-muito e se produz
menos, hipotecando-se o futuro.
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