REPERCUSSÃO SOBRE PROVÁVEL BLOQUEIO DO ESTREITO DE ORMUZ
18-06-2025
O artigo de hoje, como sempre de uma pauta, t4az uma
preocupação enorme pela gravidade da situação no Oriente Médio, cuja maior
repercussão é a econômica.
O Estreito de Ormuz, no Oriente Médio é a via de navegação de
exportações de cerca de pelo menos 25 pontos de países exportadores de petróleo
dos árabes, para consumo mundial, além das suas importações de alimentos, em
geral. Se ele novamente for fechado os preços das commodities irão disparar. O
descontrole será global.
Ademais, há referências de que se os Estados Unidos
ingressarem na guerra, o “caldo será entornado”. Há informações, no limite, de
que os EUA enviaram um artefato nuclear. Poderia, então, ser o início de uma
hecatombe mundial. Não se espera que se chegue ao nível em referência. Porém, é
uma hipótese que está no radar mundial.
Assim, como em 2022, quando começou a guerra entre a Rússia e
a Ucrânia, o atual conflito entre Israel e Irã poderá fazer um estrago,
principalmente, na agropecuária brasileira. Ambas as guerras prejudicam o mundo
inteiro e, ela, a inflação também ao nível médio mundial. Uma repercussão ruim,
em detrimento da atividade produtiva e da qualidade vida do mundo, que crescerá
bem menos do que esperado.
A repercussão na agropecuária brasileira virá no novo ano
agrícola, a partir de julho. Em torno de 50% dos fertilizantes são importados
com elevação de 24% em relação ao ano passado. O País é dependente de 80% do
potássio, nitrogênio e fósforo, que compreendem o composto NPK, com origem no
petróleo e no gás natural.
O País compra 30% de NPK da Rússia e 20% do Irã. Até 2021, a
tonelada de NPK era comprada por US$300.00. Foi somente o conflito da Rússia e
da Ucrânia começar que o preço subiu para US$1,200.00 por tonelada.
Bloqueado o Estreito de Ormuz, por onde passam navios do Irã,
Iraque, Kwait, Katar e Emirados Árabes Unidos, as exportações de alimentos
brasileiros poderão ser prejudicadas para o Oriente Médio. Os preços poderão
disparar.
Atualmente, o Irã é o maior comprador do milho brasileiro e o
quarto comprador da soja. O Brasil exporta muita carne bovina e de frango para
a região do Golfo Pérsico. No ano passado, por volta de 40% da carne foi para
os árabes e também para Israel.
A China irá reagir fortemente, se for fechado o citado canal,
visto que é a maior compradora do petróleo iraniano. Eles não irão querer
ingressar em colapso, porque tem total interesse em impedir o referido
fechamento.
É uma loucura se pensar em uma terceira guerra mundial. A
segunda delas se deu há 80 anos e parede que a lição foi apreendida.
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