ASSALTO CIBERNÉTICO AO SISTEMA PIX DO BANCO CENTRAL
03-07-2025
O assalto ao Banco Central (BC). Em julho de 1990 foi registrado
como um roubo ao BC, em Salvador – Bahia, no qual foram levados R$53 milhões em
dinheiro. Em 06 e 07 de agosto de 2005 ocorreu o assalto ao BC, em Fortaleza´- Ceará,
onde foram roubados R$164,7 milhões, em cédulas usadas. Este foi o maior roubo
na história bancária do País, até então, e, na época, também um dos maiores do
mundo em valores absolutos.
No dia 30 de junho, passado, na madrugada, houve um movimento
atípico de compras de USDT e de Bitcoin, detectado pela fintech Smartpay, que oferece
integração entre o Pix e plataformas de criptoativos, tendo sido usado para converter
quantias desviadas de contas bancárias para criptomoedas. O BC somente foi informado
em 01 de julho. Foi um roubo de cerca de R$1 bilhão, envolvendo oito
instituições financeiras, sendo que R$500 milhões pertenciam a uma só delas a C
& M Software.
O Sistema Brasileiro de Pagamentos é usado pelos bancos e
financeiras para fazer trocas de informações, incluindo o sistema Pix. A empresa
de tecnologia que sofreu o ataque hacker, a C & M Software presta serviços
de tecnologia para instituições do sistema financeiro. O ataque foi realizado à
infraestrutura tecnológica da referida empresa, tendo o BC determinado o
desligamento de companhias que acessam o seu sistema.
O ataque em tela não atingiu a infraestrutura do Pix, que
segue operando normalmente. A equipe técnica da autoridade monetária está
apurando o quanto está sendo possível recuperar do dinheiro desviado. Porém, o
montante é pouco significativo, conforme análise preliminar. O BC não divulgou
as pessoas jurídicas prejudicadas, devido ao inquérito ser conduzido sobre
sigilo.
Roubo cibernético de valor tão expressivo não tinha sido
registrado no Brasil.
No cenário internacional tem sido observados casos mais
expressivos, tal como o ataque à exchange de criptomoedas Bybit, ocasionando um
prejuízo de US$1,5 bilhão.
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