BANCO GOLDMAN SACHS DIZ QUE BRASIL ESTÁ FORA DE SINTONIA
19-07-2025
O Banco Goldman Sachs é um dos maiores conglomerados
financeiros do mundo. Baseado de Nova York.
“Faz cabeça dos investidores”, bem como outros banqueiros daquela cidade
e do mundo. Por exemplo, no mês de junho, ingressaram de Investimentos
Estrangeiros Diretos (IED), conta esta da escrituração do Banco Central, por
volta de US$10 bilhões. Mas, ontem, devido aos noticiários de fortes
desencontros entre as declarações do presidente Lula e do presidente Trump,
saíram US$6 bilhões.
Em relatório de ontem, antecipando os fatos, o Banco Goldman
Sachs disse que a economia brasileira “está fora de sintonia”, exigindo um
ajuste fiscal permanente para evitar desequilíbrios domésticos e externos.
Assim, escreveu: “Nos últimos anos, o macro brasileiro tem se desviado
gradualmente tanto do equilíbrio interno como externo: inflação alta acima da
meta, expectativas de inflação desencorajadas, aumento da dívida pública e
erosão do saldo em conta corrente”. Saldo em conta corrente é uma referência já
ao futuro do saldo da balança comercial, que é a diferença entre exportações e
importações, mais a balança de serviços, que inclui o pagamento de juros, cuja
erosão se dará mais ainda, devido às novas imposições de tarifas de Donald
Trump. Atualmente, tarifas em mais de 10%, desde fevereiro, em vários produtos.
Porém, para 1º de agosto está prometido mais 50% de tarifas em todas as
exportações brasileiras.
Conforme o citado banco, não está sendo combinado uma
política fiscal frouxa com uma política monetária apertada, fortalecendo a
moeda brasileira no curto prazo, mas a enfraquecendo no longo prazo.
Prossegue, dizendo que somente o aperto nos juros não faz a
economia brasileira ficar sintonizada, não sendo capaz de colocar a inflação
convergindo para o centro da meta, nem de conter o déficit no balanço de contas
correntes (repete-se aqui, que apresenta o saldo da balança comercial mais o
saldo da balança de serviços).
O remédio eficaz, segundo o referido banco, passa por um
grande e permanente ajuste fiscal estrutural, reduzindo a absorção doméstica,
contenha a alta de preços e mantenha o déficit externo em nível sustentável. O
conjunto dessas medidas resolveria a união entre a política monetária e a
política fiscal, no dizer do economista Robert Mundell (1962), citado pelo site
de ontem da CNN Brasil. Em outras palavras, já que o governo não resolve a
política fiscal, seja com corte de gastos e/ou com aumento de receitas, através
da gestão do Ministério da Fazenda, a política monetária, executada pelo Banco
Central, não trará sozinha os melhores resultados.
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