REAÇÕES AO TARIFAÇO
10-07-2025
Os manuais de economia se referem a que o livre comércio é a busca incessante pela eficiência. O protecionismo, ao seu contrário. Daí, aqui se têm colocado as reações ao tarifaço, ao tempo que se está visualizando que ele trará prejuízos para grande parte da maioria envolvida.
As centrais sindicais vieram a público para dizer que o
tarifaço de 50% sobre as exportações que ameaçou Donald Trump, de impor a
partir de 01 de agosto deste ano se remete à atuação dos EUA no golpe militar
de 1964. Nem tanto, naquele tempo, os EU mantinha intervenção militar em vários
países do mundo. Aqui, ofereceu apoio logístico contra o chamado avanço do
comunismo no Governo de João Goulart. Somente, na Embaixada de Recife, em
Pernambuco, havia, segundo Francisco de Oliveira, do CEBRAP, mais de 70 agentes
da Central de Inteligência Americana. A situação de hoje, nem chega perto ao
quadro de 1964.
O deputado federal, Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA há vários
meses, cuja licença está prestes a acabar, está fazendo influência política
junto aos congressistas americanos, defendeu o tarifaço e se propôs até a
negociar e pediu uma anistia política. Na sua volta, muita coisa pode
acontecer, se ele voltar. Há até quem queira cassá-lo. O fato é que o tarifaço
tem feito cair um pouco a popularidade do seu grupo político.
Em entrevista à TV Record, o presidente Lula, chamou a grande
sobretaxa de uma afronta. No caso de não haver negociação, ele a acionará a Lei
das Reciprocidades. O governo também avalia retaliar contra a propriedade intelectual
americana em solo brasileiro, referindo-se a filmes e patentes de medicamentos
em tela exposta. Em seguida, culpou o ex-presidente Bolsonaro e seu filho pela
medida em referência.
O governador Tarcísio de Freitas afirmou que os EUA “sempre
foram aliados de primeira hora”, de que o tarifaço seria um afastamento dos EUA
em relação ao Brasil. Isto também não lhe pegou bem e caiu um pouco a sua
popularidade.
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