RELATÓRIO MENSAL DA DÍVIDA PÚBLICA

 

29-07-2025


A Coordenação Geral das Operações da Dívida Pública emite o Relatório Mensal da Dívida Pública, feito de acordo com informações do Tesouro Nacional, no qual, em síntese, se verificou que a curva dos juros dos títulos da dívida pública subiu em todos os prazos, acreditando aquele Órgão que se deve ao efeito do anúncio de elevação dos tributos sobre as exportações brasileiras, anunciado para um incremento de 50%, para o dia 1º de agosto. Sem dúvida aumento de impostos precifica juros altos. Em consequência direta “O Tesouro Nacional emitiu um volume mais baixo de títulos da dívida pública. Até o momento, a gente emitiu R$93 bilhões. Também houve uma mudança na composição. Até o momento a gente emitiu 56% do flutuante, 24% de prefixado e 20% de índice de preço, conforme Helano Borges Dias, coordenador geral de Operações de Dívida Pública.

Em outras palavras, o flutuante é o título público pós-fixado com taxa SELIC. Ele tem correspondido a mais de 50% do estoque da dívida pública. O prefixado é de juros fixos, aproximadamente a 25% e 26% do referido estoque. O de índice de preço é aquele indexado ao IPCA, Índice de Preços ao Consumidor ao Atacado, que é a taxa de inflação oficial, que tem correspondido a cerca de 25% do estoque.

Adiantou ainda Borges Dias que o risco Brasil estaria na estabilidade, sendo aquele lançado em títulos públicos e que recebem o Credit Default Swap (CDS), ou seja, um incremento na taxa de juros, que poderia estar na estabilidade. Se o título público tiver, por exemplo, 5% de juros, cujos juros de referência são os US treasuries (títulos da dívida dos EUA), a taxa seria acrescida de 2%, isto é, também medido em 200 pontos, que poderia ser uma média de estabilidade. Em janeiro o CDS se iniciou com 214 pontos. Em 4 de julho foi o CDS de 145 pontos. Ontem, o C DS de cinco anos fechou em 147 pontos.

Sem dúvida, os juros no País estão na casa de dois dígitos, visto que o País vem operando há muito tempo com déficit primário, isto é, os gastos públicos tem sido superiores à arrecadação, tendo feito com que o Tesouro Nacional pague também as maiores taxas de juros globais. Aliás, a taxa básica de juros, a SELIC, tem sido muito alta principalmente para a rolagem dos juros e, de principal da dívida, esta, quando for o caso, mas, também para combater a inflação, sendo o primeiro motivo referido o mais forte, ao contrário do que se apregoa. O fato é que a inflação gira em torno de 5% e a SELIC é de 15%, cerca de três vezes mais, o que parece excessivo, mas é o que exige o mercado financeiro para aquisição de papeis federais.                                                                                                                                           

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