REUNIÃO DOS BRICS

 

07-07-2025


Repete-se aqui que o interesse do jogo é sobre economia. A propósito, a Netflix teve a feliz inciativa de recolocar em tela “Uma Mente Brilhante”. Vale a pena ver e/ou rever.

O mundo tem blocos de países para interesses comuns, principalmente econômicos. São eles: o USMCA (Ex-Nafta, composto pelos Estados Unidos, México e Canadá), a OPEP, OPEP + (mais de uma dezena de países, principalmente árabes; elas são duas mesmas), a UE, União Europeia (27 países), o CEI, comunidade de Estados Independentes, vários países da extinta União Soviética; a ASEAN, Associação de Nações do Sudeste Asiáticos; a AFTA, Área de Livre Comércio da ASEAN; a UF, União Africana e ZLECA, de mais de 50 países; a ALADI, Associação Latino-Americana de Integração, países da América do Sul e da América Central; a SADC, Comunidade de Desenvolvimento da África Austral. Ademais, há acordos globais ou inter-regionais, tais como expostos em siglas a seguir: CPTPP, RCEP, OCDE, OMC, G7, G20, Acordo do Pacífico, CAFTA-DR, EFTA. Podem ser observados em um mapa que faz o Chat GPT e maiores explicações que fogem ao escopo deste texto, que quer ser de uma lauda. Some-se a eles o BRICS, criado em 2001. A ideia deste surgiu inspirado em relatório do economista Jim O’Neill, do Banco Goldman Sachs. Porém, somente em 2009 veio com quatro fundadores, Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2010, ingressou a África do Sul. Em 2023, o grupo convidou novos países para integrar o bloco, Argentina, Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, mas alguns ainda estão em processo de adesão. O bloco procura abranger cerca de 43% de população.

Um adendo aqui, o citado banco tem sede em Nova York, capital financeira mundial.

O BRICS está reunido no Rio de Janeiro. Dentre outros temas econômicos há a ideia, sugerida principalmente pelo Brasil, de criar uma moeda comum. Somente existe duas grandes moedas comuns no mundo. O dólar americano, responsável por cerca de 80% das transações globais, o Euro, moeda da união europeia de cerca de 27 países. Muito forte. As demais moedas, tais como a Libra, mais forte ainda do que as outras duas, representando o império econômico anterior, o franco suíço, tido como neutro, e muitas outras, que são caudatárias. Por que a moeda do BRICS incomoda os Estados Unidos e porque ele coloca posições em represálias? Sem dúvida, o que Karl Marx se reportou em seu livro “O Capital”, a moeda tem o fetiche (mais do que o feitiço).

A Agência de Notícias Reuters (tradicional inglesa, mas espalhada pelo mundo), hoje, está bem clara: “Trump diz que países que se alinharem as ‘politicas anti-América’ dos BRICS receberão tarifas adicionais de 10%”. Em reunião de ontem, o BRICS divulgou declaração de que os aumentos vacilantes de tarifas americanas, que ameaçam o comércio mundial são condenáveis. A imprensa da Reuters se refere a ameaça velada. Mas, não é, é ostensiva. Os ingleses sempre estão por trás da cortina. Os BRICS, principalmente a China, está no olho do furacão.  

É difícil ver hoje o império dominante. Mas, também, era ver o império romano, o império otomano, que foram embora e deixou seus resquícios, o atual, norte-americano/inglês, não deu mostras de deixar de ser, pelo menos, tem a língua universal.   

 

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