SEGUNDA ONDA DE PRECIFICAÇÃO DE TARIFAS
24-07-2025
Em fevereiro deste ano, Donald Trump anunciou elevação
abrupta de tarifas para diversos países e um enorme tributo médio para a China.
Entretanto, depois de alguns dias de negociações, concedeu uma trégua de 90
dias e colocou 10% de tarifas para a maioria dos países com quem negocia. Esta
foi a primeira onda de novos aumentos de tributos. Em teoria econômica, ele fez
retornar com força o protecionismo, quando o seu País, na história tem
defendido a livre concorrência, sendo os Estados Unidos da América (EUA) o País
que mais tem defendido a Organização Mundial do Comércio, muito embora os EUA
nunca deixaram de ser protecionistas. Agora estão sendo mais.
Recentemente, anunciou a segunda onda de tarifas e, para o
Brasil, anunciou 50% de elevação, a partir de 01-08-2025. Em geral, os países
globais estão negociando com os EUA. Este anunciou um acordo com o Japão,
através de tarifas de 15%. Já com as Filipinas foi de 19%. A Indonésia também negociou e ficou em 19%. Outros
países receberam 15% de tarifaço. A segunda onda permite se perceber que Trump
quer elevar a média de 10% para 15%. Ora, qual é o lema dele: fazer os Estados
Unidos mais rico ainda.
No Brasil, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin,
chefia uma comissão para ouvir empresários, tendo ouvido inúmeros grupos de
representantes empresariais. O Congresso está mandando um grupo de senadores
para negociações políticas dentro do Congresso de lá. Mas, há poucos dias,
antes de se impor tarifas de 50% ao País, as negociações parecem que estão paradas.
Não se espera mudança dos EUA, ainda mais que há declarações das autoridades
brasileiras em defesa e hostis aos EUA.
Por seu turno, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
declarou ontem que está pronto um plano de contingências, no caso de adoção da
taifa geral de 50%, trabalho feito em conjunto com o Ministério do
Desenvolvimento e o Ministério das Relações Exteriores. Veladamente, está admitindo
o futuro evento e, o que é pior, não sentou na mesa de negociações até agora,
faltando nove dias para o tarifaço.
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