TAXAR OS SUPER RICOS
21-07-2025
O governo federal somente tem espaço de 4% para realização de
despesas gerais, visto que 96% são obrigatórias por lei, além do fato de que,
em 2027, está sendo previsto que este espaço findará, conforme exposto aqui em artigo
do dia 19, deste mês, segundo estimativa de Maílson da Nóbrega, além de vários
analistas do mercado financeiro. Como o País convive com déficits primários
desde 2014, a exceção de 2022, em 2023 retornaram os referidos déficits, sendo
projetados, até pelo Tesouro Nacional, que continuarão crescentes, até 2028.
Sendo assim, a equipe econômica já elaborou o decreto de elevação geral do IOF,
bem como o governo federal também assinou a Medida Provisória que pretende
taxar aplicações financeiras isentas, a partir de 2026.
Mesmo assim, para o Tesouro Nacional, com base nos projetos
de lei orçamentárias, são necessárias mais fontes expressivas de recursos,
visando atingir déficit primário “zero”, neste e até o ano de 2028. Recorde-se
aqui, o período que teve um bom crescimento da economia, que foi de 1998 a 2013,
quando houve superávit primário em todos os anos. A economia brasileira estava
sintonizada.
Estão em análise mais taxações em grandes fortunas, em super
ricos, em inventários, em dividendos, em big techs, em elevação das negociações
de débitos em atraso, no âmbito da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional,
elevação da CIDE, dentre outros. Quanto ao corte de custos ou reforma
administrativa nem são cogitados.
A propósito, existe a Confederação Internacional de
Organizações Humanitárias (Oxfam), que trabalha desde 1942, criada no Reino
Unido e que se espalhou pelo mundo, para combater a pobreza, a desigualdade
social e a injustiça no globo. A Oxfam Brasil é a representação nacional,
fundada em 2014. A Oxfam está presente todos os anos nas reuniões do Fórum
Econômico Mundial, constatando que, nos países globais, se vem debatendo formas
de fazer com que os super ricos paguem mais impostos, já que a pequena parcela
de pessoas abonadas está cada vez mais rica, pagando proporcionalmente menos
tributos em relação as outras da população. Taxar os mais abastados sempre foi bandeira
da Oxfam e de difícil consecução, dado o poderio político dos ricos em todos os
países.
Conforme um estudo divulgado neste mês, a Oxfam Brasil se
pronunciou que os 10% mais pobres dos brasileiros pagam, em proporção da sua
renda, três vezes mais tributos do que 0,1% da população tido como dos mais
ricos. Em seu estudo, revelou que as pessoas mais pobres comprometem 32% da sua
renda com tributos, enquanto as pessoas mais ricas cerca de 10%.
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