LEITURA DO INFORME FOCUS DESTA SEMANA
21-10-2025
As estimativas das medianas do mercado financeiro, acerca da
inflação, da taxa básica de juros, do PIB e do valor do dólar comercial são as
que mais se destacam e interessam. Quanto à inflação, o mercado continua,
devagarinho, fazendo reduções nas previsões inflacionárias, sendo a desta
semana reduzida de 4,70% para a inflação deste ano e de 4,27% para o ano que
vem. A leitura que se faz e se interpreta agora é de que a inflação não
ingressará ainda no limite do teto da meta de 4,50% em 2025. Porém, em 2026, terminará
o ano dentro dele. Entretanto, ainda muito longe de convergir para o centro da
meta de 3,00%. Por isso mesmo, neste ano, a taxa básica de juros poderá ficar
em neste ano, em 15,00%, mas se alterará, para baixo, em 2026, segundo o
mercado indo para 12,25% até o final do exercício fiscal. Poderão ser pequenas
mudanças durante o ano. Para 2027 a inflação prevista é de 3,83% e para 2028,
de 3,60%. Em resumo, a taxa SELIC no segundo mandato do presidente Lula
dificilmente baixaria de dois dígitos. Quer dizer que a atração do mercado
financeiro ainda estará maior do que aquela do mercado produtivo. Por sua vez,
o incremento previsto do PIB para 2025 passou a 2,17%. Permanecendo em 1,80%
para 2026. Estimativas de baixo crescimento futuros.
Quanto ao dólar comercial, nas negociações cotidianas, ontem
o dólar recuou pela quarta vez seguida, indo para R$5,37. Nas transações
diárias com o dólar as variações são muito especulativas. Ainda há poucos dias estava
previsto fechar o ano em R$5,50. O mercado financeiro continua estimando que
fechará o exercício em R$5,45.
Das informações contidas na leitura do informativo Focus,
pode-se observar que os mercados futuros sinalizam novidades. Por exemplo, os
juros futuros fecharam em queda ontem, após divulgação das citadas projeções.
Foi possível observar movimentos de alívios nas taxas intermediárias e longas,
refletindo melhoras nos sentimentos dos investidores, diante de um ambiente de
menor aversão ao risco e ajustes na precificação de prêmios. A curva de juros
se mostrou predominantemente de baixa. O movimento também foi sustentado por
fluxos técnicos e pela busca de proteção em aplicações em renda fixa, na medida
em que o real teve leve valorização em relação ao dólar.
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