MAIS ENDIVIDADOS E MAIS INADIMPLENTES EM SETEMBRO

 

09-10-2025


Conforme A Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC), em setembro, os brasileiros ficaram mais endividados e mais inadimplentes. A proporção de famílias com débitos em atraso passou de 30%, sendo o maior patamar da série histórica iniciada em 2010. É o que informa a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pela CNC. Além disso, houve também recorde das famílias, cerca de 13%, afirmando que não teriam condições de pagar suas dívidas em atraso, permanecendo inadimplentes. A proporção das famílias com contas a vencer se elevou para 79%, em setembro, enquanto o comprometimento da renda permaneceu alto, por volta de 19% dos consumidores, comprometendo rendimentos futuros para pagamentos de dívidas.

Há mais de 90 dias com dívidas em atraso declararam cerca de 49% dos entrevistados. O pagamento de juros elevados e dos prazos de inadimplência pioraram a situação. Mesmo que o endividamento expandido entre as famílias tenha reflexos no aquecimento das vendas, a crescente inadimplência tende a frear referido movimento. Como o modelo econômico tem seu crescimento puxado pelo consumo, o incremento do PIB neste ano será baixo. Os analistas do mercado financeiro acreditam por volta de 2%. O governo crê em 2,5% e o Banco Mundial aposta em 2,4%.

O exame por faixas de renda mostrou a expansão maior do endividamento nas famílias com a percepção de até 3 salários mínimos mensais. Neste grupo, a proporção de endividados ultrapassou 82%, em setembro. Já, entre os mais ricos, aqueles que têm renda superior a 10 salários mínimos, a fatia dos endividados chegou a quase 70%.

O levantamento considera como dívidas e contas a pagar as modalidades de cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheques pré-datados, prestações de casa e de carro. 

 

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