MODELO ECONÔMICO DESEQUILIBRADO
10-10-2025
Desde que iniciou o terceiro mandato, o presidente Lula optou
por governar com um modelo econômico desequilibrado. Isto é, um orçamento anual
com déficit primário, o que não possibilita pagar os juros da dívida pública,
que tem que ser rolados, elevando o endividamento sobre o PIB. Maiores gastos
públicos são claramente inflacionários. Os argumentos da equipe de Lula são de
que é preciso realizar mais gastos sociais, corrigindo vencimentos com ganhos
reais, acima da inflação, para o salário mínimo, além de ganhos reais para os benefícios
da Previdência, os quais já toma mais de 50% do orçamento federal. Para manter
a dinâmica do modelo, ao contrário do que dizia em campanha de 2022, que
reduziria tributos, vem procurando elevar a carga tributária.
Em um Congresso, no qual o governo não tem maioria, enviou em
meados deste ano um decreto, elevando, fortemente, ao alíquotas do Imposto
sobre Operações Financeiras (IOF), que foi desidratado e rejeitado pelo
Congresso. Porém, como a Constituição permite ao governo reduzir ou elevar
alíquotas dos tributos, o governo federal recorreu ao Supremo Tribunal Federal
(STF), que, manteve o projeto governamental naquilo que cabia, conforme decisão
monocrática do Ministro Alexandre de Morais.
Já tinha o governo federal realizado um pacote de redução de gastos
de cerca de R$30 bilhões. Mesmo assim, as previsões do meio de ano já indicavam
que haveria déficit primário acima do que fora aprovado pelo Congresso, o que
poderia causar sanções ao governo. Então, ele, decidiu enviar uma Medida
Provisória (MP), criando impostos, principalmente em títulos da renda fixa, que
estavam isentos, os quais visam estimular o agronegócio e a indústria da
construção civil.
Decorridos 120 dias da referida MP, tendo o prazo se
encerrado no dia 09 deste mês, a Câmara Federal rejeitou a citada MP. O orçamento para o ano que vem, sendo
discutido no Congresso, obrigará o governo a fazer neste ano, ainda, contenção
de despesas e remanejar no ano que vem em cerca de R$35 bilhões.
Ademais, cogita o governo federal de enviar projetos de lei,
para vigorar em 2026, para beneficiar famílias com botijão de gás e de isentar
as tarifas de uso do transporte público. Conta, ainda, com a isenção de imposto
de renda para aqueles que ganham até R$5 mil, conforme promessa de campanha,
que ainda não foi aprovado integralmente no Congresso Federal. Mais um “samba
do crioulo doido”.
Comentários
Postar um comentário