CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL ÓRGÃO MÁXIMO
14-11-2025
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão máximo da
política econômica brasileira. No feixe das políticas econômicas conjunturais, conduz
a política monetária à política cambial e à política fiscal. Ele se reúne
mensalmente, quando necessário.
Foi criado pela Lei no. 4.595, de 31 de dezembro de 1964,
funcionando efetivamente em 31 de março de 1965. Órgão que sempre foi fechado,
principalmente no regime militar. Isto sempre se deveu ao fato de que a
estrutura da função matemática, que o compõe tem como variáveis independentes a
quantidade de dinheiro (M) vezes a sua velocidade de circulação (V), sendo
igual a função do nível de preços (P) vezes o PIB (Y), estas duas sendo
variáveis dependentes. Logo, seria MV = f (PY), na formulação do economista
Irving Fisher, norte-americano, do início do século XX. A equação está
invertida, por ser enunciada em inglês. Na função em português seria PY = f (MV).
O CMN é composto do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que
o preside, mais o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo e pela Ministra
do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. O CMN é determinístico. Cabe ao
Banco Central executar a política monetária, o que ultimamente tem feito de
forma ortodoxa, desde o Plano Real. No passado, o CMN determinava a outros
órgãos o controle da inflação via controle de preços. Hoje em dia o BC o faz via
controle principalmente da taxa básica de juros.
O Conselho aprovou ontem, em reunião extraordinária, a
ampliação das linhas emergenciais de crédito do Programa Brasil Soberano, para
empresas impactadas pelo aumento tarifário norte-americano sobe produtos
brasileiros de exportação.
Entre as principais mudanças: reduziram de 5,0% para 1,0% o
requisito mínimo de faturamento afetado por tarifas para se qualificar;
incluíram fornecedores das empresas exportadoras como elegíveis; determinaram
que uma tabela de produtos será definida por ato conjunto do Ministério da
Fazenda com o Ministério do Desenvolvimento.
O programa emergencial disponibilizará R$30 bilhões no total
para linhas de crédito especificas.
O CMN tem resoluções publicadas no Diário Oficial da União.
Mas não há transparências de deliberações individuais. Se reuniram e se reúnem sem
avisar e pronto. Tem sido as reuniões “secretas”, desde o regime militar. Já teve
muitos membros e era um colegiado nacional. Na época, os dirigentes de então se
referiam a que ele era o principal responsável pelo combate à inflação. Hoje em
dia, ele fixa o centro da meta inflacionária, atualmente, em 3,0%, com viés de
baixa ou de alta. Assim, o teto da meta atual é de 4,5% e a inflação brasileira
está ainda acima deste teto fixado.
Comentários
Postar um comentário