INDICE DE DESCONFIANÇA COM O FUTURO
02-11-2025
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) calcula o Índice de Incerteza
da Economia Brasileira, que mede o clima de desconfiança com o futuro. Este
subiu 2,5 pontos no mês de outubro, indo para 109,0 pontos. A referida elevação
veio em sequência de duas baixas mensais anteriores. Porém, o cenário apresenta
outra face, quando observadas as médias móveis trimestrais, as quais por sua
vez, registraram um declínio de 1,4 ponto.
Vendo a Plataforma ADVFN, que cita a economista Anna Carolina
Gouveia, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, assim se refere: “Após
duas quedas seguidas, a lata do indicador de incerteza no mês foi impulsionada
pelo componente da mídia, refletindo o debate público em torno das persistentes
incertezas externas relacionadas à política comercial global, principalmente,
com o aumento em meados de outubro, das tensões tarifarias entre Estados Unidos
e China. O componente de expectativas seguiu a direção contrária e recuou,
motivado por uma menor incerteza por parte do mercado em relação às previsões menores
da taxa SELIC para daqui a 12 meses”.
O atual nível de incerteza elevado não é confortável para os
mercados produtivos. Os juros muito elevados no País, em contraste com duas
reduções dos juros do Federal Reserve, de 0,25% cada, em princípio, no País
mostrou-se queda nos juros futuros, mas, ainda no patamar médio de 13% ao ano.
Referidos juros são muito altos e o economistas consultados semanalmente pelo
Banco Central vem acreditando, há bastante tempo que o ano de 2026 fechará com
uma SELIC de 12,5% ao ano.
Em resumo, a inflação vem sendo controlada, mas lentamente
vai convergindo para a área do centro da meta de 3,00% mais o viés de alta de
1,50%, sendo o teto de 4,50% e as previsões do mercado financeiro são de que a
inflação feche o ano em 4,52%. Os juros elevados vêm tendo êxito na redução
inflacionária. Porém, eles também restringem a capacidade de expansão da atividade
econômica como um todo (do incremento do PIB).
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