INDICE DO BANCO CENTRAL CAIU MAIS DO QUE ESPERADO

 

18-11-2025


O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) é um indicador mensal, que serve de uma prévia do PIB do IBGE, que somente é calculado trimestralmente. Em setembro, ele teve uma queda de 0,20%, mais do que esperado pelo mercado financeiro, reiterando que a tendência é de desaquecimento da economia, acontecendo em meio aos juros básicos elevados praticados (pela SELIC) na economia brasileira, que puxam as demais taxas de juros do mercado. A queda não fora maior porque no terceiro trimestre houve a parte da maior colheita da agropecuária (julho, agosto e setembro), cuja projeções foram de um bom ano agrícola, de julho de 2024 a junho de 2025. Desconsiderando os dados do trimestre relativos à agropecuária, o PIB teria caído 0,4% em agosto, segundo economistas do mercado financeiro.

Fechando o terceiro trimestre, a atividade econômica encolheu 0,9%, em relação ao segundo trimestre deste ano. A política monetária restritiva tem ocorrido sobre crédito, consumo das famílias, investimentos e exportações, estas últimas debaixo dos efeitos do tarifaço dos EUA, que fora reforçado para 50% sobre milhares de produtos industriais exportados. Assim, ficou evidente que o tarifaço, confirmou a teoria econômica de aumento de impostos desestimulam o consumo e as exportações.

O IBC-Br tem demonstrado a convicção de que a manutenção da taxa de juros de 15% ainda por um certo tempo fará a inflação convergir para o espaço entre o centro da meta de 3,0% e seu teto de 4,5%, entrando, provavelmente no próximo ano. Fala-se no mercado que o BC irá começar o ciclo de baixa da SELIC no início do próximo ano, mas, lentamente, chegando provavelmente ao final do ano em 12,25%.

Nesta semana, o informativo Focus traz a previsão de um PIB, incrementando-se 2,16%, em 2025 e, em 2026, 1,78%. A SELIC ainda muito elevada não estimulará o crescimento econômico e o seu aumento para os próximos anos será pequeno. Ademais, a existência de déficit primário aumentará ainda mais a dívida pública e está continuará pagando juros bastante elevados para a sua rolagem.

A mais recente pesquisa Genial/Quaest (Banco Genial, financiador, instituto Quaest, tido como independente, pesquisador), com cerca de 2.000 entrevistas em todo o Brasil (2.000 tem sido uma amostra muito aceitável pelas empresas de pesquisa) mostrou que 42% dos brasileiros dizem que aa economia “piorou” nos últimos 12 meses. A pesquisadora internacional Ipsos, em seu Populism Report 2025, diz que 69% dos brasileiros veem a sociedade como “deteriorada”. Também apontam que 62% percebem que o Brasil está em declínio. Porém, referido relatório é de um pessimismo político, não necessariamente “sem otimismo”, que seriam equivalentes na faixa de 42% a 48%.  

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