INFLUÊNCIA DO FED NO MUNDO

 

21-11-2025


O Banco Central dos Estados Unidos, simplesmente FED, reúne-se a cada mês e tem atuação semelhante àquela dos bancos centrais pelo mundo, qual seja a de realizar cenários estruturais e alterar ou não a taxa básica de juros. Ela, no caso brasileiro se chama SELIC. Como toda taxa básica de juros ela é endógena ao sistema econômico, como dizia Delfim Netto, cabendo ao Banco Central administrá-la. No sistema capitalista é ela quem estimula ou não a atividade econômica. Como o dólar é a moeda que corresponde a cerca de 80% das transações, o que o FED faz tem repercussões consideráveis, passando despercebidas pela maioria das pessoas pelo globo.

Ontem, depois de o governo norte-americano sair do shutdown, após cerca de 45 dias, muitas estatísticas que não foram divulgadas naquele período passaram a serem conhecidas. De uma forma em geral, as taxas básicas de juros estão altas, visando combater os efeitos remanescentes da pandemia do covid-19, das guerras atuais e da elevação dos preços do petróleo e com a consequente redução da produção por parte da OPEP. Claro, os movimentos de alta e de baixa do preço do petróleo ocorrem cotidianamente. O lance maior é quando eles têm elevada alta.

Voltando ao FED, após as novas estatísticas, não houve aceno de corte das taxas básicas de juros dos EUA, previsto para dezembro, conforme esperado. Isto porque a inflação não diminuiu, o mercado de trabalho não melhorou e as tensões do comércio internacional continuaram intensas. O que se percebeu foi, principalmente, uma elevação dos preços do dólar comercial. Por que isto? Ora, se as taxas básicas de juros não serão alteradas, para muitos investidores internacionais haverá demanda pelo dólar, visto aplicações financeiras em títulos públicos dos EUA serem mantidas ou ampliadas.

Como todo comitê de política monetária, após a reunião, uma semana depois ele divulga a sua ata, assim aqui também é no Brasil. Nos EUA, a ata da reunião de outubro do FED revelou um comitê dividido e não foi assegurado corte de juros em dezembro.   

Para o Brasil, o dólar mais caro não é bom. Encarece os preços dos produtos importados e desestimula as exportações. Encarece o pagamento de dívidas e de remessa de capitais ao exterior, dentre outros efeitos encadeados.

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