INTERESSE ECONÔMICO SUPLANTA INTERESSE AMBIENTAL
22-11-2025
A conclusão geral da 30ª Conferência para o Clima da ONU, em
Belém, Pará, quando estiveram presentes perto de 70 mil pessoas, a segunda
maior em número de pessoas, só perdendo para a anterior, que aconteceu em Baku,
no Azerbaijão, mais uma vez o interesse econômico suplantou o interesse social.
Vale dizer, a perseguição dos ambientalistas para fazer com que se tenha uma
data para o fim do uso de combustíveis fósseis não logrou aprovação, sendo
ontem o último dia do citado encontro. Sabe-se que há desequilíbrio do clima no
planeta terra, visto que existe grande emissão de carbono na atmosfera e isto
se torna no chamado efeito estufa. Isto é, há elevação da temperatura da terra,
derretendo geleiras, avanço de enchentes e tornando a vida difícil e
desagradável no planeta, na medida em que se eleva a temperatura terrestre,
notadamente, pelo uso de combustíveis fósseis.
De certa maneira já se sabia que não haveria acordo oficial
na Conferência referida, por se querer datar um fim do uso dos combustíveis
fósseis, já que os países mais poluentes do mundo não mandaram delegações, tais
como os Estados Unidos, a China, a Índia e a Rússia. No último dia das negociações
da COP 30, correu-se contra o tempo para ter-se um texto final. Porém, ontem,
do rascunho do comunicado geral foi retirado o plano de contingenciamento da
produção de petróleo de uma maneira em geral.
O embaixador brasileiro, coordenador do evento, André Aranha
Correia do Lago, declarou que, não se avançando sobre aquilo que foi decidido
no encontro da Conferência de Paris, o assunto em referência, todos “perderão”.
Deduz-se, aí, as perdas mundiais do clima continuarão, segundo ele.
Em suma, o interesse econômico suplanta o interesse social.
Vale dizer, o interesse da exploração, principalmente, dos derivados do
petróleo, combustível fóssil, altamente poluente, é realizado pelos lobistas
das multinacionais da área, principalmente das norte-americanas, dos árabes e,
até, veladamente, o Brasil, através da Petrobras, que quer explorar petróleo na
foz do Amazonas e já obteve autorização para os testes exploratórios do IBAMA,
não obstante os protestos seguidos dos ambientalistas.
Em posição “a favor”, mas, veladamente contrária (por
defender a extensão da exploração do petróleo pela Amazônia), o Brasil gastou
cerca de R$1 bilhão para a realização do conclave. Onde houve até um grande
incêndio nas instalações, deixando 21 pessoas feridas. Faltou água. Segundo
técnicos, houve gambiaras. Com cinco galpões de material altamente inflamável.
Para a COP 30 foi desmatada parte da selva para fazer uma rodovia. Tratores
gastando diesel na tarefa. No mar, dois transatlânticos gastando diesel, mais o
iate do presidente Lula, na gastança total. Hospedagem cara. Alto custo das
comidas. Faltando sanitários. O chanceler alemão voltou reclamando de quase
tudo. Os acontecimentos levaram a queimar a imagem do Brasil. Sobre incêndio de gambiarras, recorde-se aqui que
o País é reincidente, tais como os péssimos exemplos dos incêndios da Boite
Kiss e do Ninho do Urubu. Dinheiro público desperdiçado e o que se pode ter de
crédito seria a promessa e, depois a concretização, de envio de recursos
internacionais para a melhoria do meio ambiente, notadamente, na Amazônia. A
conferir.
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