OPERAÇÃO COMPLIANCE ZERO

 

19-11-2025


Compliance significa “estar em conformidade”. Isto é, um conjunto de regras, práticas e processos que uma empresa, órgão público ou instituição que utiliza para garantir que tudo que está sendo feito é de acordo com a lei, mediante normas internas e padrões éticos. Serve para evitar riscos financeiros, prevenir corrupção, fraudes, desvios, aumentar a transparência, a confiança, além de garantir que funcionários sigam regras e códigos de conduta. É uma palavra inglesa oriunda do verbo comply, que significa cumprir, obedecer.  É exatamente o que o Banco Central (BC) procura fazer com que os bancos sigam e apresente as formas de cumprimento das regas a que se submetem. 

Assim, a Polícia Federal (PF) deflagou ontem a Operação Compliance Zero, sobre a gestão fraudulenta do Banco Master, detectando vários indícios de que o citado banco vendeu R$12,2 bilhões de carteiras de crédito inexistentes ao Banco Regional de Brasília (BRB), o banco público do Distrito Federal. O Banco Master entregou ao Banco Central vários documentos falsos, visando justificar o negócio em referência.

Ontem a PF prendeu o presidente do Banco Master e seguirá prendendo os envolvidos. A ideia continua sendo a de exemplar.

A Secretaria de Economia do Distrito Federal informou que a operação em curso não irá afetar os cofres públicos. Quem perderá, sem dúvida, serão os correntistas. Aliás, no Brasil tem sido assim: são os pequenos que pagam pelos erros dos grandes.

Em suma, o que o Banco Master fez foi emitir títulos e créditos falsos. Estão sendo investigados os crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa, dentre outros crimes.

Não é novidade a compliance e tem sido usado para outros segmentos da atividade econômica. Por exemplo, um grande número de empresas envolvidas na Operação Lava Jato, iniciada em 2014, tiveram que assinar acordos de compliance.

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