PROTECIONISMO PODE ESTAR DANDO CERTO

 

23-11-2025


Desde o dia 20 de janeiro que o presidente Donald Trump vem cumprindo o seu segundo mandato à frente da Casa Branca. No seu primeiro mandato procurou também ser protecionista. Mas, neste segundo mandato, radicalizou. Com a desculpa de que os países parceiros do comércio internacional, principalmente os emergentes do grupo chamado de BRICs, cujos fundadores são China, Índia, Brasil, Rússia, África do Sul, vinham praticando tarifas maiores do que aquelas praticadas pelos EUA no comércio internacional. Por isso, impôs aos parceiros grandes tarifas adicionais, o que, certamente, reduziu as suas importações, principalmente de produtos manufaturados, cujo maior intuito seria o de renascer ou reflorescer as indústrias norte-americanas, que vinham perdendo na concorrência internacional. Na verdade, propugnou ele foi uma reindustrialização, visto que os EUA andaram há mais de um século, segmentando as suas multinacionais com produções em outros países.

No primeiro mandato de Trump, seu lema de campanha vitoriosa foi “America First” (America em Primeiro Lugar). No seu segundo mandato, iniciado neste ano, o seu lema de campanha foi “Keep America Great” (Mantenha a America Grande).  

Desde outubro que a economia norte-americana passou pelo maior shutdown (orçamento anual não aprovado, o que dificultou os gastos públicos enormemente, paralisando certas atividades) da sua história. Uma delas foram as estatísticas conjunturais, indispensáveis para o bom planejamento.

O presidente Trump, ontem, sábado, declarou que os números estatísticos represados e agora divulgados são “incríveis”, referindo-se principalmente ao relatório de empregos de empregos de setembro, divulgados no dia 20. Este estava previsto para divulgar em 03 de outubro, porém divulgado com atraso, devido à paralisação parcial do governo, demonstrando que o nível de emprego cresceu mais forte do que o esperado.

Por sua vez, declarou Trump: “A economia, como vocês viram, apresentou números incríveis. Os investimentos no país estão maiores do que nunca, duas ou três vezes maiores, e isso significa que muitas coisas estão sendo construídas e muitas fábricas serão inauguradas em breve”. Não obstante a euforia do presidente, dados do Departamento de Trabalho, divulgados no dia 01 de novembro mostram que se elevaram os pedidos de seguro-desemprego, que atingiu o maior nível em quatro anos. As questões do nível de emprego mostram geralmente dados cíclicos. Ademais, pesquisas sobre o desemprenho do presidente sobre economia estão piorando, isto porque a inflação continua alta, para os padrões norte-americanos.

No Brasil, os EUA afrouxaram o tarifaço, para uma série de produtos. Sem dúvida, já há repercussão na economia brasileira. O Ministério da Fazenda, em seu relatório de avaliação de receitas e despesas apontou uma contenção de gastos atuais de R$7,7 bilhões, quando no relatório anterior fora de R$12,1 bilhões, tendo em vista déficit primário de zero, mais o viés de alta de 0,25%, em pequeno estouro relativo de R$31 bilhões para 2025.

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