Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2025

AUTOMÓVEIS CAROS

  10-12-2025 A produção de veículos automotores no País tem sido considerada como aquela que produz automóveis relativamente mais caros, nada obstante tenha fábricas de elevada tecnologia e automatizadas com robôs. Montadoras tradicionais vieram para o Brasil desde os anos de 1950. Atualmente, tem-se transformado em um polo est4atégico para montadoras chinesas de carros híbridos, elétricos em uma gama de funcionalidade e contando com inteligência artificial. O fato é que se torna paradoxal que os veículos por aqui sejam tão caros, embora na mais ampla contemporaneidade. As explicações são muitas e encadeadas. É um problema sistêmico. A principal é a elevada carga tributária. Porém, o veículo feito aqui tem uma complexa engrenagem, que vão desde muitos tributos, baixa escala produtiva, dependência de peças importadas, volatilidade cambial, gargalos logísticos.   No valor de um carro novo os impostos alcançam 45%. O impacto dos tributos é tão grande que fazem o carro fei...

DEVEDOR CONTUMAZ

  09-12-2025 A Câmara de Deputados aprovou projeto do devedor contumaz. o projeto vai agora à sanção presidencial. O texto define devedor contumaz o contribuinte com débitos tributários acima de R$15 milhões, equivalentes a mais de 100% do seu patrimônio conhecido, devendo há mais de um ano e não tenham motivos objetivos para os atrasos. Tais devedores geralmente propugnam por anistia, redução de dívidas ou por programas de refinanciamento de débitos. O grupo de referidos devedores correspondem a 0,005% dos contribuintes, mas suas dívidas correspondem a um montante que superam R$200 bilhões. Os chamados devedores contumazes serão previamente notificados e passarão por processo administrativo na Receita Federal, tendo prazo de apresentação de defesa e de regularização. Quanto aos bons pagadores o projeto prevê benefícios tais como canais de atendimento simplificados, flexibilização de garantias e prioridade n análise de processos. Contribuintes com selo de conformidade a...

INFLAÇAO FICA ABAIXO DO TETO DA META

  08-12-2025 A pesquisa de mercado Focus, realizada pelo Banco Central (BC), trouxe a mediana das estimativas do mercado financeiro de 2025, recuando de 4.30% para 4,40% perante a inflação oficial, de 4,46%, abaixo do teto da meta de 4,50%, que é de 3,00% mis o viés de alta de 1,50%, pela primeira vez em cerca de um ano. Sem dúvida, a política monetária apertada do BC está fazendo a inflação convergir devagar para o centro da meta, conforme preconizado pelo Conselho Monetário Nacional. A inflação brasileira acelerou um pouco menos do que o esperado em novembro, apesar da pressão dos preços das passagens aéreas. Para 2026, a projeção do IPCA caiu de 4,17% para 4,16%, terceiro recuo seguido. Para 2027, a expectativa permaneceu estável em 3,80%. Para 2028, a previsão continuou em 3,50%. Quanto à mediana do mercado financeiro para o PIB subiu de 2,16% para 2,25%. Para 2026, a estimativa também se ampliou de 1,78% para 1,80%. No que se refere à taxa básica de juros, os economist...

DEPOIS DA QUEDA

  07-12-2025 No dia 5 deste mês a bolsa de valores recuou mais de 4%, menos de 7.000 pontos acusou o IBOVESPA, assim, fechando o pregão daquele dia aos 157 mil pontos. O recorde ocorreu também na abertura do pregão do dia 5, que chegou a ver negociações que levaram o indicador acima de 165 mil pontos, refletindo alta especulação. Hoje, domingo, vêm notícias da CNN Brasil, consultando o mercado, de que analistas veem que a bolsa segue barata e há espaço para novos recordes. Ou seja, acreditam que há potencial para valorizar ainda mais. Entretanto, a bolsa de valores já subiu neste ano mais de 30%. Como ela é “uma caixinha de surpresas”, pode quase tudo acontecer amanhã, quando reabrir as negociações. Pode subir. Porém, também é esperado que haja realização de lucros. Enfim, trata-se de um jogo e de uma guerra de nervos. Portanto, contraria a ciência econômica que parte do principio de que as expectativas são racionais. Forte conotação dada no livro de Keynes, considerado pai da ...

BOLSA DESPENCOU EM AVERSÃO AO RISCO

  06-12-2025 A linguagem dos economistas, ao usar o termo aversão ao risco significa que os investidores correm para realizar suas vendas de ações nas bolsas de valores, quando há notícias de que um impacto futuro pode ter na economia por anúncio de provável direção do mundo ou do País, quando o confronto político fica bastante claro. Ontem, no Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão na Polícia Federal, ao cumprir pena de 27 anos, anunciou finalmente que seu candidato à presidente da República, no próximo ano, será seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, tendo, de imediato, os investidores de bolsa reagindo, negativamente, não por ele, Flávio, mas, pela convicção de que o presidente Lula poderá ser eleito para exercer mais uma gestão, indo para o quarto mandato presidencial. Os investidores vêm a atividade econômica com baixo desempenho, perante elevadíssimas taxas de juros, cujas previsões é de que nos próximos anos ainda poderá estar em dois dígitos, bem como...

UM ERRO DIZER QUE A ECONOMIA DESACELEROU

  05-12-2025 É um erro dizer que a economia brasileira desacelerou no terceiro trimestre, com uma taxa de dez décimos de incremento do PIB, em todo o trimestre. Ora, isto foi estagnação no trimestre. Também não desacelerou, visto que o crescimento anual vem girando por volta de 2% anuais. Aceleração seria pelo menos o dobro dos 2%, como foi n primeira década do século, durante os dois primeiros mandatos do presidente Lula, quando a revista britânica tradicional, The Economist, afirmava que “O Brasil decolou”. O País atual sofreu com, principalmente, a economia exportadora, que enfrentou em vários segmentos produtivos o tarifaço adicional de 50% sobre produtos manufaturados, colocados por Donald Trump, a partir de 01 de agosto. Parece que o sofrimento continua. Outro erro que tem dito a equipe econômica é de que a economia brasileira atingiu nestes três anos o “pleno emprego”. Pleno emprego seria a utilização de quase toda a capacidade de produção e do uso da mão de obra. Ora ...

SEGUNDA PEÇA DO ORÇAMENTO FAMILIAR

04-12-2025 Hoje foi divulgado o crescimento do PIB do terceiro trimestre, de 0,1%, sendo o cálculo trimestral que faz o maior instituto de estatísticas do Brasil, que centra as suas pesquisas nas seis maiores regiões metropolitanas do Brasil, sendo este indicador uma proxy da atividade econômica do País, relativa aos 5.570 municípios nacionais. Praticamente, a economia está estagnada e a renda também, mas a inflação continua a subir, muito embora em ritmo menor. Hoje também foi divulgada a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio acerca da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor. A principal conclusão foi a de que as famílias que ganham até cinco salários mínimos permanecem como as mais endividadas do Brasil, sendo os principais motivos a tomada de empréstimos e o uso do cartão de crédito. O orçamento familiar é uma peça deficiente e a segunda peça tem sido o cartão de crédito. Acontece que um grande contingente parcela o débito mensal e este tem juros estrat...

BOLSA DE VALORES É UM JOGO PROFISSIONAL

  03-12-2025 Muitos economistas e alguns matemáticos já ganharam o Prêmio Nobel de Economia esboçando a Teoria dos Jogos. Cerca de 95 laureados já aconteceram desde 1969. Isto não é de graça. Aliás, conforme o economista Milton Friedman, ganhador do Nobel de Economia, “não existe almoço grátis”. Por isso mesmo, o jogo mais indicado para a bolsa de valores é o Dilema do Prisioneiro (fica aqui a sugestão de exercitar). Muito apropriado para se ver o comportamento nela, visto que se rompe com o princípio do homem racional. A bolsa sobe como um foguete e desce como tal. Já bateu recorde atrás de recorde, acima de 161.755 pontos. Na pandemia do covid-19, iniciada em 2020, a bolsa chegou ao nível mais baixo desta década, em 23 de março de 2020, aos 63.570 pontos. Subiu nestes cerca de cinco anos 98.185 pontos. Por volta de 154%. No jargão de bolsa de valores, muitos ingressaram com apetite de risco. Jogadores profissionais e muitos amadores. Muitos incautos que não avaliaram que “t...

REDUZIU A EXTREMA POBREZA E A POBREZA

  02-12-2025 Em 2024, segundo o IBGE, houve a redução da extrema pobreza e da pobreza, ao menor nível desde 2012, quando foi criada a série daquele órgão. Os conceitos são de extrema pobreza para aqueles que recebem até US$2,15 por dia ou menos; na média pobreza até US$3,65 por dia ou menos, segundo o Banco Mundial. O IBGE segue os critérios referidos. Sem programas sociais, a pobreza em geral teria subido 10%, segundo o governo federal. Sem dúvida, deve-se aos programas sociais o êxito apresentado. Entretanto, os assistidos não tem tido a inclusão produtiva. Isto não tem sido sustentável, visto que os beneficiados não tem tido autonomia. É preciso analisar os beneficiados pelo, principalmente, Programa Bolsa Família. Na verdade, os beneficiados ficam escondidos do desemprego aberto calculado pelo IBGE e alguns deles ficam no desemprego disfarçado ou no chamado subemprego estrutural. Por seu turno, a referência do governo federal ao menor desemprego da história, de 5,6% da po...

HORÓSCOPO FINANCEIRO DE DEZEMBRO

  01-12-2025 Começou dezembro e as perspectivas são as de que o mês será marcado por forte dinâmica financeira. Bom período para concluir projetos, resolver disputas de contratos e fazer investimentos, estes, segundo os astrólogos, mediante retornos de curto prazo e de recompensas por um ano inteiro. Porém, isto não é necessariamente assim. O ponto de vista exposto não é científico. Conforme a teoria econômica há de haver a racionalidade e ela trará retornos lógicos no longo prazo, isto para grandes investimentos. Para pequenos investimentos, os retornos poderão ser a médio e longo prazos. Enfim, o investimento tem de manter uma boa relação benefícios/custos. O capitalista trabalha com riscos e incertezas, segundo a teoria econômica e não com a astrologia. O economista trabalha com uma ciência inexata e sujeita às probabilidades. Em dezembro tem-se o mês do 13º salário, complementar a novembro, que antecipou a primeira parcela de 50%, tem-se também em dezembro gratificações, ...

PRODUÇÃO INDUSTRIAL VEIO ABAIXO DO ESPERADO

  30-11-2025 Em outubro, dados da pesquisa mensal da indústria do IBGE, a produção industrial variou 0,1%, ainda mais, abaixo do esperado pelo mercado, ante uma ret5ação em relação ao mês anterior de 04%, em meio ao cenário da política monetária restritiva, perante a prevalência de elevadas taxas de juros e das tarifas adicionais impostas pelos EUA aos produtos industrializados exportados. A tendência de pouco fôlego da economia brasileira prossegue. A desindustrialização brasileira caminha a poucas décadas. Urge, realmente, uma política industrial proativa. O resultado do trabalho do IBGE veio abaixo da perspectiva do mercado que acreditava de crescimento de 0,3% do PIB industrial em outubro. A visão mercadológica de que a economia passa por uma desaceleração é corroborada pelos pesquisadores. A ideia de que a economia brasileira poderá ter crescimento positivo nos dois trimestres seguintes de 2026 advém do fato de que a isenção de imposto de renda até R$5 mil, aprovada, s...

POUSO SUAVE DO PIB DO 3º TRIMESTRE

  29-11-2025 O IBGE divulgará na primeira semana de dezembro, como sempre faz a cada trimestre, o PIB do terceiro trimestre deste ano. Os economistas estão vendo o resultado como em um pouso suave. Isto quer dizer que, depois de crescimento, “taxiar” e pousar. Só não houve a decolagem esperada em trimestres anteriores e agora se aguarda baixo crescimento econômico ou até mesmo nenhum nos próximos trimestres. A economia voa baixo, em razão das praticadas e elevadas taxas de juros, para combater a inflação, que está recuando lentamente. A taxa de juros poderá terminar o ano em 15%. É muito alta e tem desestimulado o investimento privado. Como financiar, principalment4, o capital de giro, que os bancos continuam apimentar ainda mais? A expectativa do mercado financeiro é de um incremento de 0,2% no PIB do terceiro trimestre, em relação ao PIB do segundo trimestre e, de 1,7%, perante o PIB do terceiro trimestre de 2024. A ideia que as previsões de mercado têm é de que a economia ...

OS EUA ACREDITAM QUE NÃO TERÃO RECESSÃO

  28-11-2025 O shutdown, que foram 43 dias de grande paralisação na máquina estatal estadunidense, para o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, o impacto permanente (?) seria de US$11 bilhões e não irá provocar recessão, visto que as perspectivas são otimistas, principalmente, com respeito aos breves cortes nas taxas de juros, que poderão estimular mais a economia, além dos benefícios dos cortes de impostos realizados na economia doméstica, sendo esta última, medida anti-inflacionária. Ademais, o setor imobiliário, que estava em recessão, está sendo reativado. Espera, ainda, queda de preços da energia elétrica, o que tem ampla disseminação no nível geral de preços. No longo prazo, mediante política econômica protecionista, via imposição de tarifas no comércio internacional, poderá tornar mais competitivas as empresas norte-americanas e estimular a criação ou recriação de novas empresas. Ressalte-se, aqui, que os EUA quase sempre defenderam o livre comércio, abrindo-...

EMPRESAS INDO TAMBÉM PARA O PARAGUAI

  27-11-2025 A saída ou redução de operações de empresas do Brasil não tem uma única causa. A Tributação elevada é um fator real. Porém, não é o único e, às vezes, não é o principal. Existe muita especulação em cima dos tributos. Deve-se fazer um exame mais acurado. Aqui se propõe a examinar a conjuntura econômica em uma página diariamente. Senão, veja-se os impasses aqui: - Sistema tributário complexo. - Muitas obrigações acessórias. - Tributos cumulativos (PIS/COFINS em vários segmentos produtivos). - Alto custo de conformidade (contabilidade, burocracia, fiscalização). - Muitas horas de trabalho e equipe para atender as fiscalizações de órgãos públicos. Assim, tributação alta por si só não expulsa empresas, porque há países com carga maior que atraem investimentos, tais como a França ou o Canadá, no entanto, com alto grau de segurança jurídica. Aqui se mudam regras rapidamente ao “gosto do freguês”. Não só para o Paraguai, mas indo para outros países, saíram ...

CONTINUA A SANHA TRIBUTÁRIA

  26-11-2026 A Instrução Normativa da Receita Federal, RFB no. 2.222, de 20 de setembro de 2024, relacionada e imóveis e valor de mercado, não é exatamente um aumento automático de impostos para todos, mas uma opção para atualizar o valor declarado. Mas, ao vender aí é que incidirá o imposto. É uma opção, não é uma obrigação para todos os contribuintes. Agora, vendeu, pagou. Para pessoa física a opção por atualizar os imóveis já declarados em sua declaração de ajuste anual do imposto de renda para o valor de mercado. A diferença entre o valor de aquisição (o que foi pago) e o valor de mercado será tributado com alíquota definitiva de 4% sobre essa diferença. Essa diferença tributada será considerada como acréscimo patrimonial na data do pagamento. Esse novo valor deverá constar como custo de aquisição adicional na ficha de bens e direitos na declaração do exercício de 2025. Quer dizer, não existe imposto novo, a instrução apenas regulamenta uma opção já prevista em lei. Nenhu...