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Mostrando postagens de junho, 2024

DOLAR DISPARA

29-06-2024 As declarações, sem lógica, do presidente da República, nesta semana fizeram o dólar comercial disparar, sem que houvesse noticia internacional que assim justificassem. Chegou ontem a R$5,59. A constatação é da grande imprensa. A ultima vez que chegou a este patamar foi em janeiro de 2022. Ontem, subiu 1,5%. Neste ano já subiu mais de 15%. O fato concreto é que os ativos do País se desvalorizam e deprimem as expectativas de recuperação de uma boa taxa de crescimento. O presidente Lula tem demonstrado um descontentamento com o presidente do Banco Central e os mercados estão entendendo que ele poderá interferir no Banco, a partir de dezembro, quando mudará a presidência daquele Órgão. Mesmo assim, o relatório trimestral da inflação do Banco Central (BC) elevou a estimativa do incremento do PIB de 1,9% para 2,3%. Claro, o relatório já estava escrito antes desta semana e o BC provavelmente não o corrigiu. O presidente da Instituição, Roberto Campos Neto, aludindo ao rela...

CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS

28-06-2024 A malha tributária no Brasil é tão diversificada, abrindo brechas tributárias, que permitem às grandes empresas ingressarem com recursos fiscais. As maiores empresas listadas na bolsa de valores, tais como Petrobras, Vale, dentre outras, são as que mais recorrem das decisões da Secretaria da Receita Federal. Como as normas de tributação crescem aos borbotões, ou seja, vale dizer, que há milhares de normas, regulamentos, decretos, leis, circulares, instruções, resoluções e outras formas de regulamentações. O governo central não teve outra solução senão criar o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF). Por seu turno, no CARF, o governo tem voto de qualidade. Isto é, voto de desempate. Na ânsia de procurar o equilíbrio fiscal, visto que houve o retorno de grandes déficits primários, desde janeiro de 2023, o CARF criou regulamentações que resolvessem os ingressos de recursos para o fluxo de caixa do governo central, ao examinar os recursos. Mas, centenas de grandes...

VONTADE DE GASTAR SEM PODER

27-05-2024 Na atual conjuntura, a equipe econômica já se convenceu que precisa cortar gastos públicos, visto que o déficit primário tem sido persistente, desde janeiro de 2023. Mas, em maio tem assustado o mercado financeiro, já que ultrapassou R$61 bilhões. O saldo do ano, em cinco meses, está por volta de R$30 bilhões. Existem pressões do mercado financeiro e de políticos, de que é preciso o governo central estabelecer o equilíbrio financeiro. Com o fluxo de caixa negativo, já em quase 18 meses, as dificuldades de honrar compromissos ficam bastante apertadas, principalmente para investimentos. O presidente da República, quando observa as pressões sobre a necessidade de cortar gastos, ele ontem foi direto na contramão, dizendo que não há despesas excessivas e que não irá cortar gastos relativos ao sistema da Previdência Social, mesmo daqueles afortunados aposentados, principalmente da classe política e grandes graduados. Quer dizer, não pretende cortar gastos, e sim, tem de aument...

ATA DA REUNIÃO DO COPOM

26-06-2024 O Comitê de Política Monetária (COPOM) possui nove diretores, que reagiram por unanimidade para que foi interrompido o ciclo e baixa da taxa básica de juros, a SELIC, após sete quedas consecutivas dela, no dia 9, passado. As projeções da taxa neutra de juros subiram de 4,50% para 4,75% ao ano revelou o principal motivo é de que o centro da meta de inflação de 3,0%, mais o viés de alta de 1,5%, fora ultrapassado pela referida taxa neutra, em 0,25%. A interrupção é uma parada, para que a política monetária convirja para os referidos 4.50% da meta global tolerada para a taxa inflacionária. No caso de a taxa neutra de juros continuar em ascensão, o COPOM não descartou que poderá elevar a SELIC. Ou seja, uma piora significativa do cenário nos próximos meses. A ortodoxia dos 3,0% no Brasil, para o centro da meta, está praticamente em linha com os 2,0%, fixados pelo Federal Reserve e pelo Banco Central Europeu. A meta é desafiadora. O Banco Central, em suas avaliações de 45...

DÉFICIT EM CONTA CORRENTE DO PAÍS

25-06-2024 A contabilidade nacional tem vários segmentos. O IBGE cuida de pesquisar os dados principalmente para a divulgação da tabela do insumo-produto, trimestralmente. A referida matriz foi criada em 1930, por Wassily Leontief, economista russo, para medir a posição de primeiro lugar dos Estados Unidos da América, no mundo. Décadas depois, ele foi laureado com o Prêmio Nobel de Economia. Trata-se da tabela de grande aproximação da realidade. Por seu turno, o Banco Central do Brasil visualiza o cotidiano e apresenta estatísticas semanais sobre os estoques e os fluxos de dinheiro. É a atualidade em referência e o xerife do dinheiro. As divulgações semanais do boletim Focus servem para visualizar cenários econômicos, pelos quais se conhecem as fortalezas e fraquezas do País. A debilidade histórica se vê no balanço de pagamentos, composto de cinco saldos. Em primeiro, vem a balança comercial, nos últimos tempos, superavitária. Em segundo, vem a balança em conta corrente, que, desde...

MEDIDAS PARA A CHAMADA REESTATIZAÇÃO

24-06-2024 Dando continuidade às informações da pesquisa de ontem do jornal Estado de São Paulo, as principais medidas para reestatização têm sido: Paralisação total das privatizações. Mediante a exclusão de 13 estatais do programa de desestatização. Petrobras, Pré-sal Petróleo S/A, Correios, Serpro, Dataprev, Nuclep, Conab, EBC, Telebras, Ceitec e ABGF. Suspensão de privatizações da CODESP e da construção do túnel Santos/Guarujá. Nomeação de políticos, dirigentes partidários e correligionários, com aval do STF. Reversão do processo de liquidação da Ceitec, mais conhecida como a estatal do “chip do boi”, a qual é deficitária desde a sua criação, em 2008. Tentativa de reestatização da Eletrobras, privatizada em 2022. Tentativa de revogação do novo marco do saneamento. Tentativa fracassada de nomeação do ex-Ministro da Fazenda, Guido Mantega, para a presidência da Vale, privatizada desde 1997. Interferência do governo na Petrobras, para concluir a refinaria Abreu e Lima...

REESTATIZAÇÃO NO ATUAL MANDATO

23-06-2024 O atual governo em menos de 18 meses está promovendo a reestatização da economia brasileira. Uma empresa estatal, bem administrada proporciona lucros aos seus acionistas. Mas, muitas delas dão prejuízo, pela má administração e pelo inchaço de empregos e subcontratantes. O exemplo mais citado é a do Correios, que, depois de dar lucros no governo anterior, voltou a dar prejuízo, pela sua conhecida ineficiência. Levantamento do jornal Estado de São Paulo, publicado hoje, jornal este que tem mais de 60 colunistas , trouxe ao conhecimento público que, depois da era do presidente Lula e de Dilma Rousseff (2003 a 2016) foram catalogadas 228 estatais. Nos governos de Michel Temer (2016 a 2018) e Jair Bolsonaro (2019 a 2022), em pouco mais de seis anos, elas caíram praticamente à metade, para 122 estatais. Tratou-se um raro período de encolhimento do Estado Empresário, mediante privatização. Houve vendas de várias subsidiárias delas, bem como a realização de concessões em portos,...

VESPEIRO DOS GASTOS PÚBLICOS

  22-06-2024 Os membros da equipe econômica têm feito declarações de que irão mexer no vespeiro dos gastos públicos, para poderem atingir o déficit primário zero nos próximos anos, já que neste não será possível. A ponta do iceberg está na Previdência Social. São 12% do orçamento só com um dos 40 ministérios. A aposentadoria dos militares, servidores públicos federais e políticos. E um gasto gigantesco, cerca de 12% do orçamento federal principalmente por que se aposentam ou são reformados com pouco tempo de trabalho e deixam uma conta imensa de direitos e vantagens adquiridas que não são vistos no setor privado. Há gastos enormes pelas emendas parlamentares, par aa eleições e dotações orçamentárias. É necessário reduzir os espaços para os gastos discricionários. Existem setores empresariais blindados com incentivos e isenções que alcançam anualmente mais de R$90 bilhões. Seguem os abonos, seguro desemprego, benefício da prestação continuada, calculados em R$82,5 bilhões. U...

DÓLAR COMERCIAL VALORIZADO

21-06-2024 O Fundo Monetário Internacional foi criado em 1944, definindo uma cesta de moedas, para as trocas internacionais. Desde o final do século XIX que os Estados Unidos se tornaram a maior economia do mundo. A sua moeda nasceu forte e o dólar comercial passou a ser cerca de 80% das transações internacionais. Os problemas econômicos afetam a sua valorização ou desvalorização no curso de anos bons ou ruins.   A moeda brasileira, o real, possui paridade com o dólar americano, o dólar canadense, a libra, o euro, o franco suíço, fortes moedas, bem como com o peso argentino, peso mexicano, moedas mais fracas, dentre outras. Nas duas primeiras décadas deste século, o real se tornou uma moeda com boa paridade para as moedas fortes. Em 2011, o Brasil era a sexta economia mundial. Hoje é a nona. Nos últimos três anos, o real se enfraqueceu. Em julho de 2022, o dólar valia R$5,46, depois recuou até R$4,85. No entanto, nos últimos meses, o dólar começou a valorizar-se atingiu ont...

UNANIMIDADE DO COPOM

  20-05-2024 Na reunião deste junho o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central manteve a taxa básica de juros da economia, a SELIC, em 10,5%, depois de sete quedas seguidas, em quase um ano. A decisão era esperada por analista financeiros. Todos os membros do COPOM foram unanimes na decisão. As razões se devem ao aumento da taxa inflacionária, aumento recente do dólar e elevações de incertezas econômicas, visto que o governo federal não tem conseguido aprovar projetos que aumentem a arrecadação, continuando com déficits primários crescentes e não decide cortar as despesas públicas. A máquina governamental continua pesada.     A taxa SELIC de dois dígitos é para combater expressamente a inflação, mas, por seu turno não desata os projetos de investimentos. Na verdade, os juros altos favorecem os banqueiros e os rentistas. Os setores produtivos criticaram abertamente, visto que não alcançam taxas tão altas em seus negócios, já que o crédito caro também d...

POLÍTICA MONETÁRIA

19-06-2024 No conjunto das políticas econômicas, a política monetária tem de ser bem executada, para que não haja escassez ou excesso de moeda. Portanto cabe ao xerife do mercado financeiro, o Banco Central saber usar as diferentes formas de moeda, mediante os seus preços, que são os juros de curto, médio e longo prazo. Portanto, elas são os meios de pagamentos, servindo para as transações, especulações e precauções. Hoje se reúne no segundo dia o Comitê de Política Monetária do Banco Central para decidir sobre os instrumentos de controle monetário, dentre os quais o mais esperado diz respeito à taxa básica de juros, chamada de SELIC. Atualmente ela está em 10,50% ao ano. As instituições financeiras, consultadas pelo Banco Central toda a semana, desde o ano 2.000, informaram que ela poderá permanecer, acabando o ciclo de baixa iniciado em agosto do ano passado, em sete movimentos consecutivos. A SELCI estava em 13,75% e chegou ao atual ponto.   A taxa anualizada de inflação e...

SABER DAS PIORAS PARA CONSERTAR ERROS

  17-06-2024 No terceiro mandato de Lula, a pesquisa CNN/Atlas, de agora, revelou que 47% da população está descontente com seu governo, 51% dizem aprová-lo e 2% não souberam dizer. A marca iguala o pior resultado dele, que foi em novembro de 2023. Não sem motivo, os problemas estão principalmente na área econômica. Lula faz declarações indo de encontro as decisões do Ministério da Fazenda, dizendo que não se importa se o País possa ter déficit primário, visto o que muita gente considera como despesas ele considera como investimentos. Há um grande embate no seu ministério, tendo a ala política querendo e conseguindo elevar os gastos públicos e a ala da economia querendo passar um pente fino nas despesas públicas. Depois, Lula disse que seu Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está prestigiado como seu Ministro da Segurança. Disse com convicção. Mas, foi um lapso. Em declarações posteriores disse que, ao voltar ao Brasil, hoje, iria fazer um encontro com a junta econômica, para o...

MAIORES EFEITOS DA VALORIZAÇÃO MONETÁRIA

16-06-202 Historicamente, a moeda brasileira esteve na maior parte dos anos, desvalorizada, mostrando a fraqueza da economia brasileira, em relação ao resto do mundo. Ou seja, no dizer clássico da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), o maior centro de estudos regionais, as economias da América Central e da América do Sul, quase sempre estiveram desvalorizadas, em relação, por exemplo, as economias da América do Norte e das economias da União Europeia, à exceção do México, que também é economia latino-americana. Ou seja, as moedas das economias menos desenvolvidas do mundo, quase sempre estiveram desvalorizadas, em relação às economias desenvolvidas globais. Trata-se de uma relação de força e de poder. Em outras palavras, em uma relação demonstrativa em números, os cepalinos diziam, desde Raul Prébish, um dos fundadores da CEPAL, no final dos anos de 1940, que os países pobres perdiam na relação de preços de exportações pelos preços de exportações. Isso, por décadas, demo...

QUEBRA CABEÇA FISCAL

15-06-2024 No cotidiano, o governo central executa seu orçamento e tem refeito algumas vezes suas previsões, não obstante o Ministro da Fazenda referir-se de que está buscando o equilíbrio fiscal, os gastos públicos avançam e, para compensá-los, o governo federal estuda elevar os tributos de forma imediata. No entanto, não vem tendo êxito, na medida em que as classes empresariais são contra a maior elevação da carga tributária e o Congresso Nacional não tem sido favorável. O quebra cabeça em que se coloca diariamente vai de encontro com as declarações contraditórias dentro do próprio governo. Há várias alas, mas aquela que se destaca é aquela que pressiona por maiores gastos e trabalhar com déficit primário, tese esboçada pelos membros principais do Partido dos Trabalhadores, conforme sua presidenta declarou, inclusive, também tem declarado o presidente Lula. Em contraposição, a equipe econômica, chefiada pelo Ministro da Fazenda, tem apregoado pelo equilíbrio fiscal, mas não assim...

POLÍTICA ECONÔMICA CONFORME O CURTO PRAZO

14-06-2024 Segundo John Maynard Keynes, em seu livro clássico, intitulado “TEORIA GERAL, dos juros, do emprego e da moeda”, ele deixa bem claro que são três as políticas econômicas fundamentais e de curto prazo: política monetária, política cambial e política fiscal, que tem interdependência entre si. O correto no Brasil é dizer que tais políticas são de até curtíssimo prazo (mínima de um dia), visto que a Constituição Federal dispõe sobre a edição de Medidas Provisórias, que entram em vigor, imediatamente, mas tem curto prazo para ser aprovada, ou não, visto que podem ser reeditadas. Para o lucro prazo, ele sempre considerou o perfil da distribuição de renda e o planejamento econômico. As declarações e intenções dos dirigentes do País fazem declarações cotidianas que estabilizam ou desestabilizam a economia brasileira. O que é ruim, já que o quadro econômico pode mudar rapidamente, levando a mais instabilidade do que estabilidade. O presidente da República, Lula, na Suíça, que est...

AVERSÃO AOS RISCOS POR RAZÕES DOMÉSTICAS

13-06-2024 Está bastante claro que o governo central gastador, não abre mão de redução dos gastos públicos e, o contrário do que apregoou em campanha política, para ganhar as eleições e governar a partir de 2023, procurando, logo depois, formas de elevar as finanças públicas. Ontem mesmo, o presidente Lula, em seminário, criticou o que se chama de mercado, declarando que o governo procura equilibrar as contas públicas, mediante aumento da arrecadação e redução do déficit público. Nunca falou em reduzir despesas públicas, em seus três mandatos. Referiu-se a que o mercado tem que entender isso e este reagiu com mais aversão aos riscos. Ainda em dezembro de 2022, obteve a aprovação da PEC da Transição, mediante autorização expressa de gastar cerca de R$150 bilhões. No início do governo, elevou o número de ministérios executivos de 23 para 39 e, depois, para 40. Assim, de superávit fiscal de 2022, passou a déficit primário em 2023. Praticamente, pondo fim da Lei de Responsabilidade F...

CARRO VOADOR MILITAR SEM PILOTO

12-06-2024 Fato comum é ver-se nas duas guerras regionais pelo mundo, entre Rússia e Ucrânia, além daquela entre Israel e o Hamas, um grande número de tipos de drones, que são pequenas máquinas teleguiadas, principalmente por inteligência artificial. Entretanto, os drones hoje prestam serviços em inúmeras áreas, trazendo elevados ganhos de produtividade. Como exemplos, eles são usados largamente na agropecuária, mediante elevado uso de tecnologia de ponta, especialmente por uso de inteligência artificial. Nos Estados Unidos da América (EUA) a novidade é um carro militar voador sem piloto. Compete à Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA), daquele país, desenvolver veículos voadores autônomos. Chamados de “X Planes” pelo Departamento de Defesa dos EUA, referidos veículos apesentam características disruptivas que se diferenciam dos aviões tradicionais, o que representa um avanço enorme na capacidade de enfrentamentos bélicos. Os veículos apresentam quatro caracte...

DÉFICIT PRIMÁRIO

11-06-2024 O governo federal, desde 01 de janeiro de 2023, passou a operar com déficit primário, depois de superávit primário de R$53 bilhões, em 2022. Anteriormente, de 2014 a 2021, o governo central operou com déficits anuais seguidos, após 16 superávits anuais consecutivos, de 1998 a 2013. No longo período de superávits primários a economia brasileira cresceu bem e no período de déficits primários a economia cresceu pouco. O relatório semanal de mercado do Banco Central, divulgado ontem, admite que o déficit primário deste ano será de 0,70% do PIB. Há um mês, a estimativa dele era de 0,64%. O cálculo atual de mercado para ele é de R$33,55 bilhões. Há um mês era de R$32,15 bilhões.   O fato é que o País precisa ter superávit primário, qual seja a diferença entre receitas públicas e gastos públicos, sendo este saldo o valor dirigido para pagar os juros da dívida pública. Se não tem resultado positivo, o governo vai ao mercado de títulos e se endivida como vem fazendo desde o...

BOLETIM SEMANAL FOCUS

10-06-2024 O relatório semanal do Banco Central, que ausculta cerca de 100 economistas de instituições financeiras, divulgado hoje, traz elevações da inflação, pela quinta semana, cuja mediana das expectativas é de 3,90%. Um mês antes era de 3,76%. Para 2025, a estimativa passou para 3,78%, quando a um mês atrás fora de 3,66%. Para 2026, seguiu em 3.60%, quando há um mês fora de 3,50%. Para 2027, continua em 3,50% onde está a 49 semanas seguidas. A meta de inflação continua em 3% com vieses de 1,50%, para mais ou para menos, na curva de Gauss. A meta de inflação do mercado comum europeu e a dos Estados Unidos permanece em 2% ao ano. A mediana para o PIB neste ano passou de 2,05% para 2,09%. Para 2025, a estimativa continuou em 2%, conforme ocorre há 26 semanas. Para 2026 e para 2027 continua em 2% há muitas semanas. A projeção da equipe econômica é de 2,5% para o PIB de 2024. Quanto à taxa básica de juros, a SELIC, o mercado manteve a projeção de encerrar este ano em 10,25%. Há u...

POLÍTICA MONETÁRIA

09-06-2024 Como é sabido, a política monetária é a rainha num jogo de xadrez. A economia política é a teoria, tanto microeconômica, como macroeconômica, como a teoria econômica internacional. A política econômica é a aplicação da teoria econômica. O sistema político engloba todo tipo de política, sendo a política econômica que leva ao avanço ou ao recuo do sistema econômico. Dentre as políticas econômicas, a que tem sido diariamente mais imediata é a política monetária. Portanto café ao xerife, o Banco Central, executá-la. O atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou ontem que fazer a política monetária, olhando a inflação corrente, como dizem os participantes do Ministério da Fazenda, querendo baixar a taxa básica de juros de forma mais rápida, é dirigir um carro olhando para o retrovisor. Para ele, é mais fundamental que se olhe para o modelo das expectativas racionais, qual seja o de que a inflação mundial está resiliente, não sendo o Brasil diferente de...

DÉFICIT NOMINAL

08-06-2024 Déficit nominal, o que é isso? Provavelmente, foram os economistas, bruxos da conjuntura, enfeitando o noticiário do dia. Ou seja, “ninguém” sabe e bola para frente. Agora, tecnicamente, trata-se de déficit exigível, mas protelado pelo governo central, mediante rolagem da dívida pública. Ainda ficou complicado. Pronto. Seria o que o governo central teria que pagar para zerar suas contas. O que ocorre, na prática, todos os governos escondem isto e se socorrem no mercado financeiro, que compra títulos públicos, dizendo que governo é de “risco zero”. Bola de neve, que poderá, mas nunca estourou. Acontece nos Estados Unidos, Alemanha, Japão, Índia. Dentre os maiores Produtos Internos Brutos do mundo. E mais quantos? Qual a proporção do déficit nominal, em relação ao PIB? Em maio deste ano, conforme o Banco Central é de 73% do PIB. É alto? Sim. Está acima de 60%, patamar considerado máximo para comprometimento de renda das empresas. Ah, mas o governo central é outra coisa. ...

CLIMA PODE TER IMPACTO ESTRUTURAL

07-06-2024 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ontem, declarou que o clima pode ter forte impacto estrutural na economia brasileira, neste ano, visto que as chuvas, as enchentes e o desastre continuado que causaram e ainda estão causando no Rio Grande do Sul, terão efeitos negativos na esfera produtiva e na esfera monetária da economia brasileira. Em resumo, a inflação de 2024 será mais alta e o PIB crescerá menos do que está sendo previsto pela equipe econômica, que acredita poderá ser acima de 2,2%.   Na sua palestra, ele declarou que os efeitos climáticos naquele Estado têm se mostrado como estragos, para provocar “microrrupturas” na economia nacional, citando como exemplos os resultados dos aumentos de preços dos alimentos e da energia. São suas palavras, no evento sobre mercado de capitais, na Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (ANBIMA), organizado pela Bolsa de Valores: “A gente vê que o número de anomalias tem cresci...

PRESERVAÇÃO DE RIQUEZAS DO MEIO AMBIENTE

06-06-2024 Ontem, o dia mundial do meio ambiente foi comemorado. Sem dúvida, uma série de problemas na data foram colocados com ênfase. Avanços econômicos podem ser realizados em diferentes aspectos tecnológicos, traduzidos pela elevação da produtividade, crescimento e geração de lucros, preservando as riquezas do meio ambiente. É o que se chama de economia sustentável. No Brasil, o Estado da Bahia é aquele que coloca no presente as maiores oportunidades, abrigando uma riquíssima biodiversidade, em cinco biomas distintos, detendo a maior faixa de litoral brasileiro, com 1.100 quilômetros da costa atlântica.   Pouco se viu ontem um velho problema, discutido secularmente, o desaparecimento das cidades, do tipo do Veneza, Recife, Porto Alegre, dentre outras, por força das chuvas e das enchentes, dos desabamentos, das queimadas e de outras falhas ou das perdas de grandes safras, tampouco, no mito do continente perdido, a Atlântida. A Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA), ...

DÓLAR AVANÇOU MUITO SOBRE O REAL

05-06-2024 Desde 23 de março de 2023, quando o dólar marcou R$5,29, que o dólar comercial não vinha para a semelhante casa e se aproximando de R$5,30. A desvalorização da moeda brasileira, o real, não fora uma das metas da atual política econômica, quando as suas intenções sempre foram de valorização dele. Chegou-se a trabalhar como valor do dólar a baixo de R$5,00, coisa que não acontece há muito tempo. O que significa desvalorizar a moeda brasileira? No lado da balança comercial, os exportadores ganham mais reais do que do lado dos importadores. Isto é, as exportações são favorecidas e as importações ficam mais caras. O efeito no caso dos ativos domésticos é de torna-los mais caros e os ativos internacionais mais baratos. Em resumo, a moeda desvalorizada leva a que as compras internacionais fiquem mais caras e as vendas internacionais mais baratas. O turismo nacional é  não incentivado e o turismo internacional é incentivado. Ademais, uma série de efeitos ocorrem e foge ao es...

SETOR PÚBLICO CONSOLIDADO ATÉ ABRIL

04-06-2024 O modelo econômico compartilhado do setor público mostra a composição dele entre governo central, governos estaduais e governos municipais. Cabe ao Banco Central calcular e divulgar o resultado mensal e anual, no que concerne ao visualizar o resultado primário (receitas menos despesas governamentais) e o resultado nominal (receitas menos despesas dos governos e menos o pagamento de juros da dívida pública. Em doze meses, até abril, o setor público consolidado acumulou déficit primário de R$266,5 bilhões, equivalentes a 2,40% do PIB. O resultado do setor público consolidado somente no mês de abril foi superavitário em R$6,7 bilhões, perante superávit primário de R$20,3 bilhões, no mesmo mês de 2023. Em abril, o governo central registrou superávit de R$266,5 bilhões, os governos regionais déficit de R$1,4 bilhão e as empresas estatais déficit de R$698 milhões. Ao acrescentar os gastos do INSS em doze meses, é que se tem o déficit primário relativo a 2,40% do PIB. Os juro...

RELATÓRIO DE MERCADO FOCUS

03-06-2024 Voltando a ser divulgado nas segundas-feiras, o Relatório de Mercado Focus, pela quarta semana consecutiva elevou a estimativa da inflação de 3,86% para 3,88%. Um mês antes, a mediana dos cerca de 100 economistas das instituições financeiras de mercado, consultadas semanalmente pelo Banco Central, era de 3,72% para 2024. Dois meses atrás, a mediana das estimativas dos 100 analistas era de 3,72%. Por sua vez, a projeção da inflação de 2025, passou de 3,75% para 3,77%. Um mês atrás era de 3,64%. Projetando a inflação dos cinco últimos dias úteis, foram ouvidos 115 economistas. A expectativa da inflação se elevou de 3,86% para 3,90%. Para 2025, a projeção passou de 3,77% para 3,78%. Para 2026, a estimativa se elevou de 3,50% para 3,60%. O que extrair de tais números? No horizonte mais longo, como 2027, a estimativa inflacionária é de 3,50%. Porém, de que a inflação continua em seu caráter ascendente e isto não é bom para a política econômica cravar melhor dinamismo.   V...

PRORROGAÇÃO DE CORTES DE PETRÓLEO ATÉ FINAL DE 2025

02-06-2024 O grupo de países produtores e exportadores de petróleo, composto de duas grandes alas, liderados pelos árabes e liderados pela Rússia. Este último, devido aos conflitos entre Rússia e Ucrânia, que não tem data de acabar, decidiram nesta data prorrogar até 2025, os cortes de produção. Eles são chamados de Organização dos Países Produtores de Petróleo, OPEP +. Eles estão vendo o barril do petróleo por cerca de US$80.00 como valor que dificilmente fecharia os seus orçamentos produtivos. Na verdade, querem aumentos de preços. Porém, outros não e eles decidem em conjunto. A principal preocupação é com o lento incremento da demanda da China pela matéria prima referida, principal importadora de petróleo, ao tempo em que se elevaram os estoques da commodities nos países desenvolvidos, principalmente nos Estados Unidos. Os membros do citado cartel estão atualmente reduzindo a produção em 5,86 milhões de barris de petróleo por dia, equivalentes a 5,7% da demanda global da commo...

MAIS RICOS DO MUNDO SEGUNDO A FORBES

01-06-2024 A Revista Forbes, deste mês, apresenta os valores e expressões dos homens mais ricos do mundo. São as maiores fortunas do globo terrestre, em sua nova edição, por participação acionária e por direção empresarial.   Forbes publica a referida relação desde 1987. Em primeiro lugar, vem Elon Musk. Ele sempre esteve e está desenvolvendo tecnologia de ponta. Tem a Space X, que trabalha com satélites para empresas e países, trabalhando para a NASA e planejando ocupar o planeta Marte em futuro próximo. Possi a grande empresa mundial de carros elétricos, a Tesla. É dono do ex-Twitter, agora simplesmente X (xis). Musk elevou seu pat5imônio com sua nova empesa de tecnologia de inteligência artificial, a startup X AI. A sua fortuna se elevou para US$210,3 bilhões, segundo cálculos da equipe da Forbes. Em segundo lugar, vem o francês Bernard Arnault, que de vez em quando volta a ser o primeiro da pista da citada revista, visto que a sua holding empresarial agrega inúmeras marca...

MARCAS DE BENS DE CONSUMO

  31-05-2024 Pelo 12º ano consecutivo a marca Coca-Cola é a mais presente nos lares brasileiros, conforme relatório Brand Footprint 2024, lançado pela Kantar Worldpanel. Esta é empresa fundada em Londres, no Reino Unido, em 1993, que visa orientar as marcas dos produtos empresariais, desde a ideação até a avaliação de desempenho, para obter sucesso no mercado consumidor.   Em suma, uma empresa de pesquisa de mercado. A Kantar elencou cinco marcas de primeiro nível, o Top 5. Em ordem de colocação estão Coca-Cola, Ypê, Perdigão, Italac e Seara. Não sem motivo são aquelas que também fazem muito marketing e merchandising. Entre as 50 marcas que mais se destacaram, segundo a referida pesquisadora, no ranking de 2024, 19 grandes marcas souberam trabalhar a frequência com que mais compradores as têm escolhidas e também cresceram nas suas respectivas submarcas. Dessa maneira, as cinco primeiras marcas cresceram por meio de ganhos de novos compradores, mas 14 delas, em sequência,...

EXEMPLO DE MÁ GESTÃO MUNICIPAL

30-05-2024 O Brasil possui 5.570 municípios. Neles, a má gestão ocorre principalmente por desperdiçar recursos públicos ou gastar mal, quando os recursos são bens escassos. No século XX foi exposto muito o chamado populismo político, que ainda hoje continua sendo feito, principalmente pelos municípios, muitos dos quais são tão pobres, que causa revolta o gasto alternativo ruim, em relação ao que se precisa de gasto social, em educação, em saúde, em transportes, em esgotos, em água e em serviços sociais. Está terminando o mês de maio e o próximo mês é o de junho, quando ocorrem as festas juninas. Então, muito embora milhares de processos de conduta indevida dos prefeitos já tenham sido abertos e executados, eles ainda continuam esbanjando dinheiro público, principalmente em festas de época. Não é o maior, nem o único, mas município do polígono das secas, área onde existem milhões de pobres e miseráveis, o prefeito de Jacobina, na Bahia, Tiago Dias, do PC do B, quer dizer um comuni...