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Mostrando postagens de dezembro, 2024

PASS THROUGH

  28-12-2024 Na análise da conjuntura econômica que faz diariamente o Estado de São Paulo (o Estadão) há a referência ao pass through, usado na literatura econômica, mas, não como dois conjuntos de movimentos de dinheiro, como dito pelo Estadão, mas como vários movimentos (relativos às transações com dólares e com reais), que recebem os reflexos dos repasses das elevações da taxa de câmbio no processo inflacionário, ou, nas efetivações dos investimentos, ou, no volume de transações no comércio exterior, além das inúmeras transações na balança de serviços, tanto como serviços comuns como nos serviços da dívida (juros) e amortizações de capitais. As saídas diminuem a quantidade dinheiro disponível para inversões. Afetando, isto é, reduzindo, o crescimento econômico. Mas, então, porque, no ano passado se cresceu por volta de 3,0% e neste ano o crescimento de 3,5% do PIB foram bons? Ora, a elevação grandiosa dos benefícios sociais afetou fortemente o consumo das famílias, grande ...

SAÍDA MAIOR DE CAPITAIS DO BRASIL

  27-12-2024 A rede americana CNN tem observado uma saída em bloco de investimentos do Brasil, em direção aos Estados Unidos, por, pelo menos, dois motivos: a desvalorização do real pelos temores fiscais do País e o fortalecimento do dólar americano com o retorno de Donald Trump para a Casa Branca. Segundo especialistas a movimentação veio para ficar. Dados da corretora americana Avenue, que tem o Banco Itaú como sócio, o volume cresceu pelo menos 20% neste dezembro, em relação a novembro. Tradicionalmente, o último mês do ano, em razão dos festejos natalinos, os movimentos de saída de capitais são fracos. Ao encerrar o mês, os dirigentes calculam que a movimentação será de 25%. Foi detectado que os investidores brasileiros estão saindo com receio de alguma medida com respeito à contenção dos juros ou alteração fiscal nos seus portfólios. Há uma mudança no perfil dos aplicadores financeiros brasileiros, no exterior, havendo adesão de mais conservadores. Do dinheiro que está...

EMENDAS PARLAMENTARES AO ORÇAMENTO

  26-12-2024 As emendas parlamentares ao orçamento da União surgiram com a Constituição de 1946, estabelecendo a possibilidade de deputados e senadores apresentarem alterações na proposta orçamentária, elaborada pelo Executivo, tendo prazo final até 31 de agosto de cada ano, para o orçamento do próximo ano. As emendas parlamentares ganharam maior destaque a partir da Constituição de 1988. Os congressistas passaram a ter direito de propor emendas individuais ou coletivas ao Projeto de Lei Orçamentária Anual, permitindo maior descentralização de recursos. Em 2015, foram criadas as possibilidades de emendas impositivas individuais e em 2019 para emendas de bancada, aumentando o controle dos parlamentares sobre recursos. O Supremo Tribunal Federal (STF) passou a tratar com mais frequência em meados da década de 2010, quando da criação das emendas impositivas e, posteriormente, das emendas do relator, quando o STF for provocado por proposições de ações de inconstitucionalidade. ...

NOVOS MERCADOS PARA O AGRONEGÓCIO

  25-12-2024 Desde o último quartel do século XX que o agronegócio brasileiro vem recobrando a sua posição histórica de segmento de maior produtividade da economia nacional. Somente a participação da agropecuária no Produto Interno Bruto foi em 2023 de 7,2%, igualando-se à participação de 2020. Porém, considerando o agronegócio como um todo, que inclui não somente a produção agropecuária, mas também os segmentos de insumos agroindustriais e serviços relacionados, tem-se que, em 2022, o agronegócio representou 25,2% do PIB. No entanto, em 2023 houve uma queda para 23,8%. No entanto, neste ano parece que retornou aos 25% do PIB. Se o setor de serviços é de cerca de 60% do PIB, a agropecuária de 2024 poderá situar-se em 25% do PIB, o setor industrial estaria por volta de 15% do PIB. Ontem, o Ministério da Agricultura e da Pecuária divulgou que o País abriu 300 novos mercados para o agronegócio. A diversificação de mercados contribuiu para melhores resultados da agropecuária. ...

PESQUISA FOCUS

  24-12-2024 As projeções do mercado financeiro sobre a inflação estão a cada semana mais desancoradas. A meta da inflação é de 3,0%, perante viés de alta de 1,5%. A expectativa da mediana das instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC). Para 2025, a inflação projetada subiu de 4,89% para 4,91%. Para 2025, passou de 4,66% para 4,84%. O dólar comercial projetado para 2024 é de encerrar o ano em R$6,00 e de R$5,90 no próximo exercício. Segundo os especialistas o valor do dólar nominal pode frear o processo de crescimento econômico e aumentar o pro cesso inflacionário. A repentina elevação da cotação do dólar tem a ver com declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse que iria taxar as importações, principalmente aquelas advindas da China. Por seu turno, na economia doméstica há a desconfiança de que o governo federal quanto à gestão das contas públicas no Brasil. Quanto à taxa básica de juros, a SELIC, analistas de mercado projeta...

GATILHOS DA FUGA RECENTE DE CAPITAIS

  23-12-2024 Foram acionados dois gatilhos da fuga recente de capitais no Brasil. O primeiro é o não pagamento de juros da dívida pública, indo para a rolagem do endividamento. O segundo é a saída dólares, visto estar havendo queda de confiança da economia brasileira, resultado da crise política e fiscal do governo federal. No jornal New York Times, a colunista de assuntos econômicos para a América Latina, Mary Anastacia O’Grady, não vê estabilidade na moeda brasileira e no controle de gastos. O pacote de corte de despesas aprovado foi desidratado. Dos R$68,2 bilhões citados pelo Ministro da Fazenda, que seriam economizados, a XP investimentos estima que seriam R$44 bilhões. Cita ainda medidas preocupantes do controle monetário, a cargo do Banco Central, que tem feito leilões de venda de dólares, sem que a moeda estrangeira recue do patamar de R$6,18. A jornalista vê fugas de investidores do Brasil e isso ocorrerá, segundo ela, enquanto Lula for o presidente da República. O...

COMPOSIÇÃO DOS PAPEIS DA DÍVIDA PÚBLICA

  22-12-2024 Basicamente, a composição da dívida pública é de títulos do Tesouro Nacional, prefixados e pós-fixados. O título da dívida prefixado, como o próprio nome indica, reflete o ganho em prazo e a taxa de juros determinada. Quando a inflação está em queda, geralmente, esta é a preferência dos aplicadores financeiros. O título da dívida pós-fixado vem com um indicador mais um “dx” de taxa de juros. Referidos investidores, claramente, estão dando preferência a títulos pós-fixados, atrelados à SELIC e menos aos títulos prefixados. Sinal claro de ansiedade pelo crescente aumento da dívida pública. Os pós-fixados em outubro corresponderam a 45,9% da dívida bruta. Uma elevação de 7,7% em Relação a dezembro de 2022, que correspondiam a 38,2%. A participação dos papéis prefixados caiu de 30,2% para 27,3% no mesmo período, conforme relatório mensal da dívida pública do Tesouro Nacional. A razão da mudança do perfil da dívida se deve ao fato de um governo Lula ter optado por ser...

CONFIANÇA DOS CONSUMIDORES EM QUEDA

  21-12-2024 A Fundação Getúlio Vargas calcula em pontos a confiança do consumidor brasileiro. Esta está em nível mais baixo dos últimos seis meses. São fatores que entristecem os consumidores nacionais a elevação da taxa inflacionária, a resposta ortodoxa do Banco Central a isso, mediante elevação dos juros básicos da economia e acenando com elevações futuras, além da escalada rápida no valor do dólar comercial, acima de R$6,00.     No mês, o Índice do Confiança do Consumidor caiu 3,6 pontos, indo para 92 pontos, menor nível desde junho. O indicador é composto pelo Índice da Situação Atual e Índice de Expectativas. Este recuou 4,9, indo para 98,5% pontos. Aquele outro caiu 1,4 ponto, indo para 98,5 pontos. O que mais influenciou os dados foram as expectativas financeiras das famílias, que declararam que estão pessimistas. Os efeitos dos fatores acima demorar de chegar, possivelmente, em seis meses. Tem ficado de vai ficar mais caros alimentos, bebidas e transportes...

PACOTE DE GASTOS APROVADO

  20-12-2024 O pacote de gastos foi aprovado pelo Congresso Nacional, nesta data, sendo que houve certa desidratação dele. Acredita o governo federal que foi reduzido em R$2,1 bilhão a sua proposta de mais de R$71,9 bilhões de despesas. Não foi isso o que percebeu a XP Investimentos, calculando um corte de R$8 bilhões, na proposta inicial. A contenção de despesas poderá ser feita em 2025 e 2026. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad declarou que os políticos de direita não querem pagar impostos e os de esquerda não querem cortar gastos. Isso foi dito por ele, para explicar o sucesso parcial do pacote. A equipe econômica refez os cálculos e acredita que a economia poderá ser feita de R$69,8 bilhões. Em relatório hoje divulgado, a agência de risco e avaliadora da situação financeira do País e de empresas, a Fitch Ratings avaliou negativamente o cenário fiscal do Brasil. O pacote de gastos é só um lado, não contemplou receitas, com isto acredita a certificadora que o déficit co...

PACOTE DE GASTOS DE DESPESAS

  19-12-2024 O presidente da Câmara declarou, ontem, que colocará hoje, para discussão final, o pacote de contenção de gastos, para os anos de 2025 e 2026, de R$70 bilhões. Porém, ele declarou que não garante a aprovação (nem pode, claro). Desde que foi anunciado o pacote referido, no final de novembro, o dólar se valorizou 5%, em relação ao real. Acrescente-se a isto que, mediante juros altos e previstas elevações, um elemento central disso é a desconfiança do governo federal em lidar com a dívida pública bruta. O foco do mercado financeiro agora está na sustentabilidade da citada dívida. Como é sabido, ela é rolada no citado mercado, que costuma afirmar para os aplicadores financeiros, que a dívida do governo tem “risco zero”.     O escrito acima foi ontem de noite. Escrevendo, agora, às 7 h, ontem a cotação do dólar bateu m R$6,28. O dólar turismo a R%6,66. Mesmo depois do Banco Central continuar a colocar dólares no mercado de venda. Conforme a última reunião do...

DÓLAR COMERCIAL VENDIDO A R$6,20

18-12-2024 Neste momento, em que o dólar comercial foi vendido ontem até a R$6,20, mesmo quando o Banco Central injetou mais de US$10 bilhões de reservas internacionais, no acumulado do ano, a moeda brasileira tem queda de 27,53% perante o dólar americano. Moedas de outros países emergentes encaram quedas significativas, mas não tão quanto o real. Por exemplo, o peso mexicano caiu 15,90% na mesma relação. Até ontem, ainda cedo. Ao longo do dia ele foi recuando e fechou em 6,07%. Foram várias sessões de alta volatilidade, com duas grandes intervenções do Banco Central. O que explica tamanha deterioração do caso dos ativos brasileiros? A alta do dólar comercial se explica pela descrença do mercado financeiro sobre a efetividade do corte dos gastos, enunciado para dois anos, de R$70 bilhões, ainda de difícil aprovação, visto que o citado pacote está sendo desidratado nos debates dos congressistas nacionais. Parece contradição, mas ao tempo em que o Banco Central exerce uma política ...

UM RETRATO DA BOLSA NA CONJUNTURA

  17-12-2024 Existe uma regra muito clara em qualquer sistema econômico, se a taxa de juros é alta, por exemplo, acima de dois dígitos, há um desestímulo para o capitalista investir e este pode preferir repousar seus recursos no mercado financeiro, em detrimento dos investimentos produtivos e das aplicações em ações no mercado de capitais. Desde início do ano que o mercado dos juros básicos, a taxa SELIC, está acima de dois dígitos, prosseguindo, no início do ano, o ciclo de baixa, até meados de 2024. Porém, estancou por aí e em setembro reiniciou o ciclo de alta da taxa básica de juros e que assim tende a permanecer em 2025. Circunstâncias da economia doméstica levaram ao recrudescimento inflacionário, devido ao persistente déficit primário e elevação desde início do ano do valor do dólar comercial. Um dos resultados está nas perdas de valores dos ativos na bolsa brasileira, em um ano difícil para os negócios, pressionada pelo cenário fiscal de riscos crescentes no mercado d...

SWAP CAMBIAL

  16-12-2024 O swap cambial é uma operação financeira, na qual as partes trocam fluxos de pagamentos em moedas diferentes. Por exemplo, o Banco Central (BC) vende dólares e os recompra em certo tempo, enquanto um investidor compra dólares e os revende dentro de um certo tempo. A outra moeda é o real, no exemplo. O objetivo é fazer proteção (hedge) contra variações nas taxas de câmbio ou para especulação. Depois de muito tempo sem ingressar fazendo operações de venda com opção de recompra, o chamado swap cambial, o BC ingressou vendendo dólares no dia 12 deste mês, no valor de US$4 bilhões das reservas internacionais, mediante compromisso de recompra e o dólar tinha ainda como se sustentar acima de R$6,00 e não caiu deste patamar. No dia 13, o BC vendeu US$845 bilhões e o dólar fechou a cotação do dia a R$6,03. Findado o dia 13, o BC prometeu que no dia 16 venderia até US$3 bilhões das referidas reservas, com compromisso certo de recompra em 2025. Conforme a Instituição Fiscal...

CRISE DE CONFIANÇA

15-12-2024 Instalou-se no País uma crise de confiança entre o governo central e o mercado financeiro, devido principalmente ao estouro das contas públicas, à promessa orçamentária de cumprir o déficit primário zerado, o que está parecendo que não será cumprido, assim como a um pacote de gastos, que, na verdade, é u pacote fiscal, que desagradou ao referido mercado, visto que surpreendeu com propostas de alteração de tributos, quando nem mesmo ainda foi regulamentada a reforma tributária aprovada em 2023. Uma consequência imediata tem sido à alta do dólar comercial e consequente perda do valor da moeda brasileira, que é o real. Além do mais, o dólar alto e crescente desvaloriza os ativos brasileiros. Por exemplo, o dólar comercial avançou 4,2% desde novembro até o dia 14 de dezembro. Ou seja, em 44 dias, o valor do dólar subiu bem mais do que a projetada elevação do PIB deste ano, cuja melhor avaliação foi feita anteontem pelo Banco Itaú, de crescimento de 2024 de 3,6% do PIB. Por o...

PREVISÕES DA SELIC PIORARAM

  14-12-2024 A SELIC, no último ciclo de alta, esteve em 13,75% ao ano. Reiniciou o ciclo de baixa até 10,50%. Retornou a SELIC ao ciclo de alta em setembro passado e neste último mês de 2024 está em 12,25%. O Banco Itaú enxerga o pico da SELIC, em 2025, à taxa de 15% ao ano. Isto já tinha sido anunciado dias antes pela XP Investimentos. O maior banco da América Latina, o Itaú, mediante deterioração das expectativas inflacionárias, bem como o valor do dólar comercial com projeção também de elevação (a inflação do dólar na economia doméstica se reflete em 30% da cesta da inflação oficial), deixando a atividade econômica mais resiliente, antevê para que no final de 2025 a taxa SELIC ascendendo para 15% anuais, somente cedendo em 2026, para 13%. Quer dizer, dois anos do final do atual mandato com SELIC altíssima e baixo nível de atividade, conforme cenário divulgado em relatório para os seus clientes, datado de ontem. O Itaú prevê um cenário ruim e difícil para os próximos dois ...

JUROS ALTOS ENCARECEM O CUSTO DE VIDA

  13-12-2024 Um dos fundamentos da economia é a taxa de juros. Ela é a remuneração do capital financeiro. No relacionamento entre a esfera produtiva e a esfera monetária, que são os hemisférios do sistema econômico, a taxa de juros é variável endógena, visto que ao Banco Central cabe o papel de saber jogá-la. Ao reajustar a taxa básica de juros, a SELIC, o Banco Central fixa um patamar pelo qual as demais taxas de juros da economia, em geral, giram em torno dela. Geralmente, os bancos praticam juros bem mais altos porque deixam retenções obrigatórias no BC, para que ele controle a velocidade de circulação monetária sobre os depósitos à vista e os depósitos a prazo, além dos tributos que neles poderão incidir. Taxas altas encarecem o crédito, ficando mais caro para o consumidor, que muitas vezes procura recursos junto ao cartão de crédito e ao cheque especial. Caríssimos. Como grande parte da população não possui a devida educação financeira, ele não chega a fazer contas e jog...

MAIS DURO O BANCO CENTRAL

  12-12-2024 Para fazer a taxa inflacionária, já em 12 meses em 4,86%, convergir para o centro da meta, de 3,0%, voltando para ficar inferior ao teto dela, de 4,5%, o Banco Central (BC), na última reunião do ano, elevou em 1,0% a taxa básica de juros, a SELIC, agora indo para 12,25%. O aperto monetário é visto pelos grandes bancos como necessário. Em setembro, o BC reiniciou o ciclo de alta da SELIC, com 0,25% de aumento. No inicio de novembro dobrou a aposta, em 0,50%. Ontem, dobrou novamente, para 1,0% a mais. O Banco Itaú, através do seu economista-chefe, Mário Mesquita, afirmou que poderá haver outra elevação de 1,0%, na próxima reunião e, mais outra de 1,0%, na reunião seguinte, a segunda do ano de 2025, levando a SELIC até 14,25%. Perante o quadro da avaliação do Banco Itaú, o economista-chefe do Bradesco, referiu-se que a sua projeção para a SELIC de duas próximas reuniões é menor, mas que irá rever a sua posição, visto que o aumento de 1,0% está em linha da precific...

DONALD TRUMP

  11-12-2024 Mesmo antes de assumir a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, impõe o seu receituário protecionista. Em sua plataforma já declarou que os negócios com os BRICS, se for usada outra moeda que não o dólar, que ele taxaria de 100% as importações. Ontem, ele declarou que o capitalista que investir US$1 bilhão nos Estados Unidos, receberá as licenças de funcionamento extremamente rápidas. A postura de Trump é de fortalecer ainda mais a economia americana. Taxar as importações é encarecer os produtos importados, levando a que haja uma maior forte de receitas e tornando mais caro os bens importados, protegendo a sua produção doméstica. Estimular o investimento privado é o caminho para acelerar o processo de crescimento econômico. A sua ideia é de tornar ainda mais pujante a economia deles. No aparelho produtivo, a demanda agregada é quem cria riquezas. Os gastos do governo em infraestrutura têm um efeito multiplicativo, em como os estímulos. Já os investimentos ...

REUNIÃO DO COMITÊ DO BANCO CENTRAL

  10-12-2024 Iniciou-se a última reunião do ano do Comitê de Política Monetária do Banco Central. O Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) fugiu do teto da meta da taxa básica de juros, de 4,5%, estando em doze meses até novembro em 4,86%, sendo dado como provavelmente que o BC acelere a alta da taxa básica de juros, a SELIC. Em pesquisa relâmpago feita pelo o jornal Estado de São Paulo, das 39 instituições financeiras consultadas 26 acreditam em elevação de 0,75% da taxa SELIC, fechando o ano em 12%. A Confederação Nacional da Indústria se pronunciou sendo contrária a elevação da referida taxa básica. Desaconselha maior aperto financeiro, principalmente quando a conjuntura internacional é de ciclo de baixa das taxas básicas de juros no mundo desenvolvido. O mercado financeiro se posta do lado do BC pra aumentar a taxa SELIC, forçando a que taxa básica de juros convirja para o centro da meta de inflação. Em resumo, a atitude do BC é de ver que está havendo uma desac...

INFLAÇÃO DE 12 MESES

  09-12-2024 A inflação acumulada em 12 meses é a maior desde setembro de 2022, quando fora de 5,9%. Ela ultrapassa o teto da meta de 4,50%, sendo de 4,87%, mesmo desacelerando em novembro, para 0,39%, quando em 12 meses até outubro fora de 4,76%. O mercado de trabalho está aquecido e a renda média em alta, os alimentos voltaram a subir forte e o setor de serviços teve alta de 0,83%, quando em outubro fora de 0,35%. Na reunião desta semana, economistas ouvidos pelo Banco Central acreditam que a taxa básica de juros subirá 0,75%. Porém, com esse resultado da pesquisa do IPCA cresce o n´mero daqueles que acreditam na elevação de 1% na taxa SELIC. Operadores do mercado de juros precificaram 1,0%, cerca de 76%, contra 24% que acreditam em elevação de 0,75% na taxa SELIC. Olhando a média dos 3 meses anualizada é visível que piorou a qualidade da inflação. Vendo a média de núcleos girado por volta de 4,3%, aluem dos serviços subjacentes saltando para 6,3%. Ademais, a piora cambia...

MERCOSUL E UNIÃO EUROPEIA

  08-12-2024 Em reunião em Montevideo, no Uruguai, foi celebrado, depois de cerca de 25 anos, o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. O acordo tem que ser ratificado pelos países que compõem a União Europeia, cerca de 27 países. Uma missão ainda difícil, haja vista que país do segundo maior PIB da Europa, a França, tem se mostrado contra, devido aos protestos dos seus agropecuaristas, que não tem a produtividade dos agropecuaristas do Mercosul. O mundo desenvolvido sempre tem sido protecionista e quer que os países emergentes e países pobres estejam em livre concorrência. Em síntese, a França disse que o acordo em referência é inaceitável. A França tem o poder de veto. O Mercosul é composto da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, esta está suspensa desde 2016. Além disso, há países associados, tais como Chile, Bolívia, Equador, Colômbia e Guiana, mas estes não em poder de decisão. A União Europeia é composto de Estônia, Finlândia, França, Grécia, ...

PURA SORTE

  07-12-2024 A reação do presidente Lula, no Rio Grande do Sul, ao inaugurar mais uma unidade de papel e celulose do grupo SUZANO, à mídia conservadora, de que o bom desempenho da economia brasileira é pura sorte, foi a de que o País trabalhou para isto e é a verdade. Não foi pura sorte. Dentro deste espírito de otimismo, Lula agora vaticinou que a economia brasileira neste ano pode encerrar o exercício, tendo um PIB crescendo 4% ao ano. Ele também lembrou que, no início do ano, a pesquisa semanal do Banco Central projetava um incremento da atividade econômica para este ano de 1,5% (na verdade foi de 1,6% a estimativa do mercado financeiro e também não vai se querer que ele tenha a memória exata). As previsões do mercado financeiro, conforme pesquisas semanais referidas apontam para um incremento do PIB do segundo biênio do governo atual, em torno de 2%. Será que o governo central reagirá com o crescimento do dobro do PIB projetado? A ser verificado. Se acontecer, também, não s...

REFLEXÃO SOBRE DECLARAÇÃO DE DESEMPREGO

  06-12-2024 O último levantamento do IBGE, realizado desde 2012 na forma continua, isto é, com divulgação mensal acerca do trimestre móvel, é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), realizado para o período de agosto até outubro, revelou que a taxa de desemprego aberto ficou em 6,2%, tendo-se declarados desempregados sem carteira assinada 6,8 milhões de brasileiros, sendo estes aqueles que gostariam de trabalhar. A população economicamente ativa teria sido naquela oportunidade 103,6 milhões, um recorde histórico, correspondendo a cerca da metade da população brasileira. Por volta de 39 milhões são empregados do setor privado, também, outro recorde, sendo em torno de 10 milhões de funcionários públicos. A diferença de 54,6 de brasileiros estariam, em tese, no trabalho informal, sem carteira assinada. Dos cerca de 103 milhões de pessoas, 54,6 milhões recebem os benefícios do Programa Bolsa Família. Sobrariam 49 milhões de aposentados e crianças, grosso...

DE REPENTE MUDAM AS EXPECTATIVAS

  05-12-2024 Um dos fundamentos da economia brasileira é o PIB. No Brasil, ele é calculado trimestralmente pelo IBGE. Entretanto, com grande atraso é divulgado. Refere-se o IBGE à necessidade de fazer várias revisões, para entregar o resultado o melhor possível. Por exemplo, o PIB do terceiro trimestre foi divulgado no dia 3 deste mês, 64 dias depois do levantamento estatístico, crescendo 0,9%, no trimestre anterior fora de 1,4% e no primeiro trimestre fora de 0,8%. Isto está ultrapassando os 3% anuais. Porém, as decisões econômicas são imediatas e se baseiam no presente. O PIB estimado pela equipe econômica no terceiro trimestre era de 3,2%. Face ao novo dado efetivo do terceiro trimestre, ele agora passou a ser projetado em 3,5%, reiterando referida equipe declarações do próprio presidente Lula, há vários dias atrás. Alguém, menos esclarecido, pode informar que a expectativa somente se elevou em 0,3%. Contudo, não foi isso não, a esperança de crescimento é, na verdade, de 9,3...

AUMENTOU A PROPAGANDA FEDERAL

  04-12-2024 O governo federal aumentou os gastos com propaganda federal, quando lançou o pacote de corte de gastos e de alterações na tabela do imposto de renda. O novo slogan televisivo lançado: “Brasil mais forte, governo eficiente, país justo”. Isto bastou para que o subprocurador do Ministério Público, perante o Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, ingressasse junto ao TCU com pedido de fiscalização das despesas do governo federal com campanhas publicitárias, principalmente destinadas ao pacote de gastos recentemente lançado. Segundo Furtado: “As campanhas publicitárias do governo federal devem ter como objetivo informar a população sobre políticas públicas, programas governamentais, direitos e deveres do cidadão. Se o objetivo primordial do governo é cortar gastos, faz sentido aumentar gastos divulgando pacote de medidas que visam reduzir gastos? Me parece um tanto contraditório”. Também citou indícios de “descumprimento ao princípio da eficiência que r...

AMEAÇA DE TRUMP AOS BRICS

  03-12-2024 Os BRICS é um conjunto de países emergentes, cujos principais componentes são o Brasil, Rússia, China e África do Sul, com vários postulantes encaminhados para ser membros e formar um forte bloco de países, definindo um confronto com os blocos maiores, tais como o formado pelos Estados Unidos da América (Nafta), Canadá e México), o Mercado Comum Europeu (CMBEU) e a Organização de Países Produtores e Exportadores de Petróleo (OPEP). Nas reuniões dos BRICS tem sido estudado o uso de uma moeda comum, à semelhança do uso do dólar e do euro, para não haver as fortes influências dominadoras das duas citadas moedas, principalmente do dólar, cujos negócios no mercado mundial correspondem a mais de 90%. O dólar ficaria com cerca de 80% das transações. Além dos Estados Unidos, nove outros países usam o dólar como padrão monetário. O Equador, El Salvador, Panamá, Timor Leste, Ilhas Marshall, Micronésia, Palau, São Cristóvão e Nevis e Ilhas Virgens Americanas. Claro que eles...

RECORDE DA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA

  02-12-2024 No trimestre encerrado em outubro, o IBGE registrou mais de 103,6 milhões de pessoas economicamente ativas, isto é, de pessoas com carteira de trabalho assinada e pessoas sem carteira assinada. O que representa isto? Que o Brasil ainda é um País bastante jovem e que está envelhecendo mais rápido, com menor número decrescente de nascimentos, levando milhões de pessoas para a aposentadoria e tornando a Previdência Social como o ministério mais caro do governo central. É aquele que mais pressiona o fluxo de caixa e está com custos estimados em R$1 trilhão.   Some-se ao referido custo, que o Brasil está perdendo o bônus demográfico, situação na qual não voltará jamais. Nenhum país voltou. O citado bônus é quando a maioria da população está em idade de trabalhar. Ou seja, não são crianças, nem aposentados. O número de empregados do setor privado atingiu 39 milhões, sendo o maior patamar da história registrada pelo IBGE, através da Pesquisa Nacional por Amostra de...

AVALIAÇÃO DO DÓLAR EM NOVEMBRO

  01-12-2024 No mês de novembro o dólar comercial subiu 3,8%, fechando em R$6,00, em valores nominais, um recorde histórico, após mais de trinta anos, quando o Plano Real fortaleceu a moeda brasileira. Houve a paridade um por um. Uma elevação altíssima, no mês e em 11 meses do ano, tendo reflexos imediatos, tais como o agravamento da instabilidade econômica e o temor do descontrole fiscal, fazendo inicialmente, aquela moeda disparar. Ademais. Houve desvalorização dos ativos brasileiros, com grande recuo na bolsa de valores em novembro e saída de capitais para países de economias mais estáveis. Em comparativo com outubro a divisa encerrou cotada a R$5,78. As medidas foram percebidas pelo mercado como insuficientes para estabilizar a dívida pública, sendo fato que o governo federal errou ao anunciar contenção de gastos e isenção fiscal de grande montante. Cresceu o nível de incertezas das contas públicas. Além do mais, ficou claro que a contenção dos gastos deverá ser na segunda...